The Intercept Brasil diz que a Lava Jato usou provas ilegais para prender futuros delatores
Informações obtidas por fora do canal oficial constituem provas ilegais, podendo levar à anulação de processos

Foto: Reprodução
A força-tarefa da Lava Jato em Curitiba utilizou contatos informais com autoridades da Suíça e Mônaco para obter provas ilícitas com o objetivo de prender alvos
considerados prioritários. Muitos deles vieram a se tornar delatores.
As informações são do site The Intercept Brasil e do UOL.
Os procuradores da força-tarefa tiveram acesso a provas ilegais sobre vários dos mais importantes delatores da operação - como os então diretores da Petrobras Paulo Roberto Costa e Renato Duque; o então presidente da Transpetro, Sérgio Machado, além de executivos da Odebrecht, entre eles, o ex-presidente da empresa Marcelo Odebrecht.
Informações obtidas por fora do canal oficial estabelecido em acordos de cooperação internacional de investigação constituem provas ilegais, podendo levar à anulação de processos.
Mas a Lava Jato sustenta que "a troca de informações de inteligência e a cooperação direta entre autoridades estrangeiras é absolutamente legal e constitui boa prática internacional". A força-tarefa afirma ainda que "nenhum documento foi utilizado judicialmente pela força-tarefa da Lava Jato sem ter sido transmitido pelos canais diplomáticos oficiais".


