Lei que permite atuação privada na extração de minérios nucleares é sancionada com vetos
O projeto de lei foi sancionado pelo então presidente Jair Bolsonaro, que vetou 49 dispositivos

Foto: Divulgação/INB
O projeto de lei que permite a atuação da iniciativa privada na extração de minérios nucleares foi sancionado com vetos pelo então presidente Jair Bolsonaro. Apesar da liberação, o texto mantém o monopólio da atividade nas Indústrias Nucleares do Brasil S.A., como previsto pela Constituição. O texto foi sancionado com veto a 49 dispositivos.
Entre os trechos vetados está o que condicionava a exportação de minérios nucleares, concentrados e derivados e de materiais nucleares pela INB à aprovação do Ministério de Minas e Energia, sem prejuízo da autorização do Congresso Nacional para aprovar iniciativas do Poder Executivo sobre as atividades nucleares.
Segundo o governo, a medida contrariava o interesse público, pois poderia dificultar o exercício e a expansão da atividade de exploração de minérios nucleares no Brasil. Além disso, o Executivo alegou que a medida criaria entraves burocráticos que desestimulariam investimento privado.
Também foram vetados dispositivos que dariam à Agência Nacional de Mineração (ANM) a competência de administrar e gerir o Fundo Nacional de Mineração (Funam) e que tratavam das finalidades do fundo. Outros artigos vetados tratavam das receitas vinculadas ao Funam e da destinação de seus recursos.
Para que o veto seja derrubado, é necessária a maioria absoluta dos votos de deputados (257) e senadores (41), computados separadamente. Não há ainda uma data para a votação em sessão conjunta do Congresso Nacional.


