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Leilão da Aneel gera movimentação de R$ 7,3 bi em investimentos no setor elétrico

Empresa recém-criada rouba a cena durante lances

Por Da Redação
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Leilão da Aneel gera movimentação de R$ 7,3 bi em investimentos no setor elétrico

Foto: Reprodução/Jornal Opção

O leilão de transmissão de energia realizado na última quinta-feira (17), em São Paulo, atraiu para o setor R$ 7,34 bilhões em compromissos de investimentos assumidos pelos vencedores. O evento teve participação de 55 empresas, sendo 37 nacionais e 18 estrangeiras. Para o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), André Pepitone, a disputa atesta que o quadro regulatório do setor é considerado seguro por investidores. Os vencedores do leilão foram as empresas que ofereceram maiores deságios em relação à Receita Anual Permitida (RAP) para os projetos, estimada em R$ 1 bilhão (nesse caso, o desconto médio foi de 55%). 

A pouco conhecida MEZ Energia roubou a cena. São da empresa os consórcios Saint Nicholas I e II, que arremataram juntos 5 dos 11 lotes ofertados no certame. Com isso, a empresa se comprometeu em investir R$ 2,39 bilhões, desbancando transmissoras tradicionais, como ISA Cteep e Taesa, e também elétricas de grande porte, como EDP Energias do Brasil, Energisa, Neoenergia, Eletrobrás e Copel. Em entrevista a jornalistas depois o leilão, o presidente da ISA Cteep, Rui Chammas, explicou o desempenho da companhia, que também fez lances pelos lotes 3 e 8, mas foi superada pela MEZ.

Segundo ele, ISA Cteep, tradicional transmissora e que no leilão anterior tinha surpreendido o mercado com descontos elevados, fez “análise disciplinada, profunda, e diligente” dos lotes que disputou, com estudos de engenharia e financeiros. A ISA Cteep conquistou o segundo maior lote ofertado, com investimento que supera R$ 1 bilhão. A companhia fez um lance também com deságio elevado, 57,94%, e terá uma receita anual de aproximadamente R$ 68 milhões quando o empreendimento começar a operar.

Entre as demais empresas tradicionais do setor, a Neoenergia levou o lote 2, o maior do leilão, com quase R$ 2 bilhões em investimentos previstos. A empresa ofereceu R$ 159,6 milhões de RAP, deságio de 42,6% em relação ao valor teto. A empresa também disputou outros ativos, mas as propostas não foram tão competitivas. A Energisa, no último minuto, ofereceu um lance vencedor em disputa viva-voz pelo lote 11, o terceiro maior do leilão, com R$ 882,2 milhões em investimentos. A empresa ofertou RAP de R$ 63 milhões, com deságio de 47,37%, para ficar com empreendimentos localizados no Amazonas, sendo que parte deles já estão em operações, mas deverão passar por uma revitalização.

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