Levantamento diz que 58% da população não sabe a diferença entre remédios genéricos, similares e de referência
Pesquisa também revela que 69% das pessoas não conhecem as regras da Anvisa para substituição de remédios prescritos pelos médicos
Foto: Reprodução/Agência Nacional de Saúde Suplementar
Uma pesquisa encomendada pela farmacêutica Merck e realizada pelo Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope) traz um dado preocupante sobre o conhecimento da população brasileira sobre a produção de medicamentos. O estudo, feito no final de 2020, mostra que 58% dos entrevistados desconhecem a diferença entre medicamentos de referencia, genéricos e similares.
A pesquisa revela ainda que 69% das pessoas não conhecem as regras da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para substituição de medicamentos receitados pelos médicos na hora de realizar uma compra na farmácia. Com isso, o levantamento traz a constatação de que o brasileiro confia no farmacêutico.
Os dados mostraram ainda que 64% dos entrevistados sabem que apenas esse profissional pode determinar uma possível troca do medicamento, frente ao que o médico prescreveu. Isso mesmo com os genéricos estando nas prateleiras das farmácias há mais de 20 anos.
Diferenças
Um medicamento de referência é aquele que recebeu o investimento da indústria em seu desenvolvimento e que receberam a primeira patente, o que o torna mais caro pro consumidor. O genérico, por sua vez, se trata de uma cópia do medicamento de referência que só podem ser criados depois de 20 anos, prazo de vencimento da exclusividade da patente, o que barateia o preço pro consumidor.
Já os similares têm a mesma composição do medicamento referência e do genérico. Mas, como o original, também tem o nome de uma marca e possuem forte investimento em propaganda para ficar mais conhecido e ter condições de competir com o de referência.
