Lewandowski aponta ilegalidade e suspende operação da Lava-Jato do Rio
Os fatos que fundamentam a investigação contra Júlio Lopes surgiram a partir da delação premiada da Odebrecht

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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, suspendeu a operação da Lava-Jato no Rio de Janeiro, contra ex-secretário Julio Lopes. "Verifico que o ato reclamado, consubstanciado na decisão proferida pelo Juízo da 7ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária do Rio de Janeiro, a qual deferiu e medida cautelar para busca e apreensão e decretação de bloqueio de ativos da parte reclamante, parece violar a autoridade do decisum proferido no Inquérito 4.451/DF (do STF)", escreveu o ministro.
As investigações contra Júlio Lopes surgiram a partir da delação premiada da Odebrecht e foram enviados pela Segunda Turma do STF para a Justiça Eleitoral do Rio. A decisão foi proferida após um pedido da defesa de Júlio Lopes de que o o caso deveria tramitar na Justiça Eleitoral e, por isso, a decisão do juiz Marcelo Bretas que autorizou busca e apreensão, além de bloqueios de bens, seria ilegal.
Lewandowski determina ao juiz Marcelo Bretas "suspender até o final do julgamento da presente reclamação a tramitação do Processo Cautelar (...) - e dos demais procedimentos que tenham sido instaurados para apurar os fatos relacionados ao Inquérito 4.451/DF -, em trâmite no Juízo da 7ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária do Rio de Janeiro".