Líder do governo critica Hugo Motta por pautar cassação de Zambelli, Eduardo, Ramagem e Glauber juntos: 'bancada de foragidos'
Lindbergh Farias argumenta que Zambelli tem duas condenações sem a possibilidade de recorrer.
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos), definiu nesta terça-feira (9) que deve pautar juntos até o fim do recesso as cassações de mandatos de Carla Zambelli (PL), Eduardo Bolsonaro (PL), Alexandre Ramagem (PL) e Glauber Braga (PSOL). A declaração gerou protestos, inclusive do líder do governo na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias (PT). Lindbergh criticou o presidente por pautar a cassação dos mandatos juntos. O deputado justifica que é absurdo, tendo em vista que Zambelli tem duas condenações com trânsito julgado e Eduardo e Ramagem estão foragidos:
"Quero deixar claro aqui a nossa solidariedade a Glauber, porque é um absurdo, de fato, colocar a cassação dele junto da de Carlos Zambelli. Tem duas condenações com transitadas em julgadas, [na câmara] tem uma bancada de foragidos. Então, a partir de agora, eu tô indo na liderança do governo, tentando achar uma saída política, porque isso não é bom para casa. Não é bom ter ocupação de mesa", disse.
Durante a tarde de hoje, o deputado Gleuber Braga protestou na mesa diretora e imprensa e os deputados foram retirados à força por policiais da Casa. A transmissão da TV Câmara também foi retirada do ar. O líder da oposição responsabilizou o presidente da Câmara pelos protestos e pela confusão na Casa.
"Vamos construir agora uma saída política para esse impasse, mas uma saída política rápida, porque agora não pode acontecer o que aconteceu daquela outra vez, daquele sequestro da mesa. Agora volto a dizer aqui aos senhores: essa confusão toda, essa condução errática por parte do presidente da Câmara, tem gerado essas confusões aqui.
