Lu do Magalu, Nat Natura e Baianinho: conheça os avatares “virtual influencers”
Aos detalhes...

Há aproximadamente um mês o mascote da rede de varejo Casas Bahia, o “Baianinho”, apareceu de cara nova no Instagram. Antes da reformulação do influenciador virtual?—?no dia 15 de outubro, as postagens da rede variavam entre 3 a 11 mil curtidas. No dia 16, no entanto, a transformação do influencer somou 3,4 milhões de visualizações, com mais de 380 mil likes na postagem seguinte.
O fenômeno dos “influenciadores virtuais”?—?alternativa 100% digital aos creators —vem ganhando espaço e engajamento nas mídias sociais, com cases de sucesso além do Baianinho, como Lil Miquela, Lu do Magalu e Nat Natura. Segundo relatório da HypeAuditor, o público central dos “virtual influencers” são mulheres com idade entre 18 e 24 anos?—?32,1%, sendo que 11,2% do público dos CGI’s (nome popular atribuído a imagens geradas por computador) é da Geração Z, com idade entre 13 e 17 anos.
Ainda de acordo com a HypeAuditor, os “virtual influencers” possuem quase três vezes mais engajamento do que os influenciadores humanos. O relatório também mostra que o Brasil ocupa a 2º posição em audiência dos CGI’s (9%), perdendo somente para os Estados Unidos, que concentram 23% do público. Neste movimento, Rússia (5%), Turquia (3%) e Itália (2%) seguem aderindo à tendência do novo marketing de influência.
Segundo a consultora em Marketing Digital, Bruna Pinheiro, as empresas estão apostando em influenciadores virtuais pela alta taxa de engajamento com o público, produtividade elevada, fim de negociações e contratos com terceiros, operações assertivas e aumento das taxas de conversão, beneficiando o negócio no âmbito financeiro, operacional e social.
“Os CGI’s atendem demandas em esferas além dos negócios, visto que são engajados em entretenimento ou levantes sociais. Embora não sejam reais, esses avatares são criados para se converterem em influenciadores digitais dentro de um grupo, melhorando a visibilidade, alcance, gerando identificação com a ‘persona’ de uma determinada marca e não apenas isso, com a evolução da inteligência artificial, os virtual influencers conseguem ter carisma e personalidade própria”, explica a designer criativa.
Bruna explica que a figura do influenciador virtual é uma inovação no Marketing de Influência, configurando uma tendência para os próximos anos. A frente da “Bruna Pinheiro Ateliê Digital”, a consultora de Marketing Digital cita a “Magalu” (4,3M de seguidores no Instagram) e “Casas Bahia” (2,1M de seguidores) como os principais cases de sucesso para inspirar novos empreendedores, além do olhar atento ao desenvolvimento do “Pinguim do Pontofrio” (659k de seguidores) e a “Nat Natura” (161k de seguidores no Twitter).
“A primeira lição que novos conglomerados, empresários e microempreendedores podem tirar com a ‘era dos virtual influencers’ é estar sempre engajado com novas tecnologias. Outro ponto extremamente importante é se preocupar com a persona da sua marca, pensando em como deve ser a comunicação com o público. Podemos ver que a identificação/engajamento com parte do público é imensa, não restrita apenas para vendas, mas para tratar de temáticas atuais e necessárias no mundo”, conclui.