Lula agradece Alcolumbre por aprovação recente de MPs
Presidente do Senado alertou para chances de ataques ao Congresso

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
O presidente Lula (PT) agradeceu o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), pela aprovação de medidas provisórias nos últimos dois dias. O agradecimento foi enviado através do líder do governo no Congresso, o senador Randolfe Rodrigues (PT-AP).
Davi Alcolumbre se mostrou disposto a retomar as negociações, mas destacou que a operação de partes do governo e de grupos ligado a petistas com ataques direcionados ao Congresso, além de estimular uma guerra de classes, é perigoso e pode representar um risco à democracia. Randolfe ficou de levar a resposta ao presidente Lula.
De acordo com interlocutores, Davi Alcolumbre avalia que o tipo de campanha através das redes sociais não contribui para a retomada das negociações e só contribuirá para mais divisão no país.
O presidente do Senado afirmou que o governo tem todo direito de defender a "justiça tributária", mas não criando um clima de divisão no país entre ricos e pobres. Mais cedo, Alcolumbre se reuniu com o secretário executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, quando reforçou estar aberto a negociações.
A reunião aconteceu por solicitação de Dario Durigan, que visa reabrir um canal de negociação. Para ele, Davi Alcolumbre afirmou que o governo e o PT cometeram erro ao criar um clima de "nós contra eles", fazendo críticas diretas ao Congresso e também ao presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB).
Comunicação do governo mostra "rivalidade" entre ricos e classe média
Na onda de críticas, a Secretaria de Comunicação (Secom) da Presidência da República divulgou por meio das rede sociais uma campanha com um cabo de guerra entre super-ricos e classe média baixa.
“É hora de lutar por novos avanços”, destaca o texto, enumerando medidas que o governo propõe, a exemplo de aumentar impostos sobre ricos e baixar Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil.
A campanha ilustra dois grupos de pessoas. De um lado existem ricos, do outro estão integrantes das classes baixa e média. Em outro momento é mostrado uma balança que pesa mais no pagamento de impostos para trabalhadores e menos para ricos.
Durante participação nos festejos de 2 de Julho na Bahia, na última quarta-feira (2), o presidente apareceu segurando um cartaz defendendo a taxação dos super-ricos.
Por meio das redes sociais, a Secom destaca ainda. “Nesse cabo de guerra, o Governo Federal tem lado: o lado da classe média e do povo trabalhador que movem o nosso país. Nós queremos equilibrar as contas corrigindo injustiças, combatendo privilégios e poupando quem trabalha e faz o Brasil crescer."
"Já os super-ricos querem cortar da saúde, da educação e deixar a conta mais uma vez para ser paga por quem tem menos. E você, pra que lado vai puxar essa corda? Espalhe esse post para quem também tem lado nessa disputa política”, segue a pasta no comunicado.