Lula critica possível punição a ministros do PP e União Brasil que resistem a deixar o governo
Segundo o presidente, “quem quiser ir para o outro lado” vai precisar de “sorte”

Foto: Ricardo Stuckert / PR
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou a possibilidade de o PP e o União Brasil punirem os ministros André Fufuca (PP), do Esporte, e Celso Sabino (União), do Turismo, caso eles permaneçam no governo federal após o desembarque dos partidos da base. Ele chamou a ameaça de "pequenez".
Em entrevista à TV Mirante, nesta segunda-feira (6), Lula classificou a medida como desnecessária e defendeu a permanência dos ministros. "Se as coisas tão dando certo, por que mexer? Por que essa pequenez, sabe? De achar que atrapalhar um ministro que está fazendo um bom trabalho, deixar de ser ministro por quê? Por raiva, por inveja, por disputa política", disse.
O presidente também declarou que “quem quiser ir para o outro lado” vai precisar de “sorte”, porque, segundo ele, a “extrema-direita não voltará a governar” o Brasil.
Em setembro, a federação formada por PP e União Brasil determinou que filiados deixassem cargos no Executivo como parte da estratégia para as eleições de 2026. Apesar da decisão, Fufuca e Sabino indicaram que pretendem continuar nos postos.
O União Brasil abriu processo disciplinar contra Sabino, que pode resultar em sua expulsão e na perda da presidência do diretório estadual no Pará. O relator do caso, deputado Fabio Schiochet (União-SC), deve recomendar a destituição do diretório e a abertura de novo processo de expulsão, que ainda levará tempo para ser concluído.
Nesta terça-feira (7), Sabino se reuniu com Schiochet para tentar um acordo que permita sua permanência no partido. O ministro afirmou querer continuar no cargo até a COP30, prevista para novembro.