Lula e chanceler Alemão reforçam interesse em acordo Mercosul-União Europeia

O presidente busca fechar o acordo até o final de seu mandato no bloco sul-americano, previsto para o final deste ano

[Lula e chanceler Alemão reforçam interesse em acordo Mercosul-União Europeia ]

FOTO: Ricardo Stuckert / PR

Em uma reunião bilateral com o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, o presidente Lula destacou na terça-feira (19), a intenção do governo brasileiro em concluir o acordo entre o Mercosul e a União Europeia até o término de seu mandato no bloco sul-americano, previsto para o final deste ano. O encontro ocorreu durante a Assembleia-Geral das Nações Unidas, em Nova York, e contou com a presença dos ministros Mauro Vieira, Esther Duek, Margareth Menezes, Marina Silva e Paulo Pimenta.  

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, alertou sobre os possíveis desdobramentos caso a França tente atrasar o fechamento da nova versão do acordo, destacando a necessidade de agir com rapidez, dado que o desfecho precisa acontecer até dezembro, pois a continuidade do bloco sul-americano está ligada ao resultado das eleições na Argentina.

"Há uma insistência do presidente Lula com a Europa para que possamos finalizar o acordo ainda este ano. Não sabemos o que será do Mercosul se o acordo não for fechado e tivermos um resultado 'exótico' nas eleições argentinas. A França precisa considerar as consequências de um atraso", afirmou o ministro durante o painel "A Economia Brasileira Rumo à Transformação Ecológica", promovido pela Universidade de Columbia, em Nova York.

Lula já havia se reunido com líderes europeus, incluindo a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o presidente francês, Emmanuel Macron, para discutir as pendências que impedem um desfecho e exigiu "clareza" sobre a real possibilidade de acordo. Na opinião do presidente, a decisão está mais no âmbito político do que técnico. O presidente enfatizou que a proposta atual não leva em conta os esforços do Brasil em questões ambientais. Durante a reunião, ele mencionou as iniciativas do governo para reduzir o desmatamento na Amazônia, bem como a realização da Cúpula da Amazônia em agosto, em Belém, reunindo autoridades de oito países da região.

O acordo Mercosul-União Europeia, aprovado em 2019 após duas décadas de negociações, necessita da ratificação pelos parlamentos de todos os países dos dois blocos para entrar em vigor. As negociações envolvem 31 países.


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