Mãe de Marcelo Odebrecht diz que ele ainda tem apoio financeiro da família

Empresário teve bens bloqueados pelo Justiça

[Mãe de Marcelo Odebrecht diz que ele ainda tem apoio financeiro da família]

FOTO: Agência Brasil

O empresário Marcelo Odebrecht, que teve os bens bloqueados pela Justiça, recebeu no dia 6 de março uma mensagem da mãe dele dizendo que  ele não deixará de ter apoio financeiro da família. O bloqueio foi determinado após o grupo Odebrecht contestar judicialmente pagamentos feitos a Marcelo, que teriam sido acertados enquanto ele ainda estava preso em Curitiba.

Na mensagem, a mãe de Marcelo diz que o pai “reitera que vocês não deixarão de ter o suporte financeiro de seus pais”. Ainda de acordo com o texto, a mãe diz que Marcelo estaria colhendo o que plantou. A partir disso, os advogados de Marcelo divulgaram a mensagem em uma petição anexada no processo na última sexta-feira (26). Eles afirmam que ela seria um indício de que Emílio, pai de Marcelo, “visava a deixar o réu [Marcelo] financeiramente dependente”.

O texto também destaca uma suposta ligação feita por Marcelo para a mãe. “Dignas de registro também, as primeiras palavras da mãe do réu, quando este lhe telefonou no mesmo momento que soube do bloqueio das contas de sua esposa e três filhas: ‘Você agora concorda em conversar com seu pai?’.”

Segundo os advogados, as mensagens seriam uma prova de que as atitudes da empresa eram retaliação de Emílio contra Marcelo. “Esta ação anulatória é apenas mais uma cena da perseguição que Emílio Odebrecht realiza contra o réu, com o intuito de torná-lo refém de suas vontades, infelizmente, valendo-se das empresas do Grupo Odebrecht para isso”, afirmam os advogados na petição.

A empresa entrou com o processo para que Marcelo devolva R$ 52 milhões, que foram pagos como uma espécie de prêmio por performance. Segundo o grupo, o montante foi aprovado após Marcelo coagir executivos da companhia enquanto estava preso em Curitiba e negociando fatos de seu acordo de delação premiada.

A petição, de mais de 90 páginas, também diz que Ruy Lemos Sampaio, atual presidente do grupo, dificultou o acesso a dados que seriam usados nas ações penais que investigam o cunhado de Marcelo, Mauricio Ferro.

Contudo, a defesa de Marcelo alega que mesmo indo contra os supostos interesses de Emílio, as investidas contra Marcelo permaneciam relativamente contidas em razão do que chamou de profissionalismo da diretoria da Odebrecht “que mantinha uma gestão neutra e comprometida com os termos de leniência e com os acordos individuais de colaboração”.

Segundo Marcelo, os valores pagos pela Odebrecht e hoje contestados na Justiça são os mesmos que foram pagos para os outros 77 executivos da empresa que aderiram ao acordo de delação premiada. Ele também afirma que não chantageou executivos da construtora para obter o direito ao benefício.

O processo, de acordo com  os advogados, “não tinha como efetivo objetivo anulação do Termo de Acordo, mas era apenas um instrumento de que se valeu Emílio Odebrecht para retaliar o réu”. Ainda de acordo com Marcelo, a empresa teria distorcido os fatos para tentar comprovar que o acordo firmado com o réu não seria igual a todos os demais firmados com os outros executivos colaboradores.


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