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Mãe perde guarda da filha após ela raspar a cabeça em ritual do candomblé

Caso pode ser tratado como intolerância religiosa

Por Da Redação
Às

Mãe perde guarda da filha após ela raspar a cabeça em ritual do candomblé

Foto: Reprodução

Após uma menina de 12 anos participar de um ritual de iniciação no candomblé, no qual envolve raspar a cabeça, a mãe perdeu a guarda da adolescente. O caso aconteceu em Araçatuba, no interior de São Paulo.    

A ação foi movida pelo Conselho Tutelar do município, onde também recebeu denúncias de maus tratos e abuso sexual. Uma das denúncias foi feita pela avó da adolescente, que participa de outra religião. Do outro lado, a defesa da família afirma que o caso é de intolerância religiosa.

Ao ser questionada, a menina chegou a relatar que não sofria qualquer tipo de abusos, mas sim do ritual religioso. A mãe, que é manicure, explicou que por estar passando pelo ritual, não poderia deixar o local.

Mesmo com as justificativas, as duas foram levadas para a delegacia, mas logo depois da jovem passar por um exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML), e foram logo liberadas, já que não foi encontrado nenhum tipo de hematoma ou lesão. Apenas a cabeça da menina estava raspada, já que, segundo ela, a menina estava se tornando filha de Iemanjá.

Os familiares que são contra esse tipo de ritual, registraram um boletim de ocorrência em que apontaram que a adolescente estava sendo mantida à força no terreiro sob condições abusivas. Os policiais foram ao local, mas a mãe e a filha já estavam em casa. Sem resultar em crime, os familiares então resolveram levar o caso à Promotoria e alegaram que a  menina sofreu lesão corporal ao ter raspado o cabelo. E ao entrar na Justiça, a guarda da jovem foi transferida para a avó materna. 

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A mãe e a filha desde então se comunicam apenas por telefone. Ela informou ao UOL que só pode encontrar a filha pessoalmente por cinco minutos e que em um desses encontros a filha afirmou que estava sendo obrigada a deixar os preceitos que seguiu no candomblé, já que seus familiares são evangélicos. 

O caso segue em segredo de Justiça. A mãe, que luta pela guarda da filha novamente, aguarda o agendamento de uma audiência em que será ouvida por um juiz, mas, no entanto, não há uma data para acontecer.

O Conselho Tutelar informou não se pronunciou sobre o assunto. Os familiares também não comentaram sobre o assunto.

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