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Maior apreensão de ouro da história do Amazonas tem policiais entre os presos

Setenta e sete barras de ouro avaliadas em R$ 45 milhões foram encontradas em residência

Por Da Redação
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Atualizado
Maior apreensão de ouro da história do Amazonas tem policiais entre os presos

Foto: Divulgação/PMAM

A Secretaria de Segurança Pública do Amazonas confirmou, nesta quinta-feira (30), a maior apreensão de ouro já registrada no estado. Ao todo, 77 barras, somando 72,6 quilos e avaliadas em aproximadamente R$ 45 milhões, foram encontradas durante uma operação da Polícia Militar em Manaus.

Seis pessoas foram presas, entre elas dois policiais militares e um policial civil, todos fora de serviço. A ação foi conduzida por equipes das Rondas Ostensivas Cândido Mariano (Rocam), após uma denúncia de que uma família estaria sendo mantida refém em uma residência.

De acordo com o comandante-geral da PM, coronel Klinger Paiva, as equipes foram acionadas “através do 190, de que em uma residência havia uma família feita de refém. Então, de imediato, a equipe da Rocam chegou no local”.

No imóvel, os policiais encontraram quatro pessoas rendidas e, ao abordar os suspeitos, identificaram os três agentes de segurança. Segundo o tenente-coronel Renan Carvalho, comandante da Rocam, a equipe percebeu irregularidades logo na chegada. “Na residência a gente encontrou a família no chão, na garagem. Fomos recebidos por um policial civil e os dois policiais militares estavam dentro da residência. De imediato a gente entendeu que algo estava errado”, relatou.

Durante as buscas, foram encontradas as barras de ouro escondidas no tanque de um veículo blindado que seria usado para o transporte do material. Também foram apreendidos armamentos, munições, coletes balísticos, celulares e dinheiro.

Entre os detidos estão o policial civil Fellipe Pinto Ferreira, chefe de investigação do 1º Distrito Integrado de Polícia (DIP), e os cabos da PM Gilson Luna de Farias e Antônio Temilson de Souza Aguiar. Os outros três homens foram presos em flagrante.

O material foi encaminhado à Superintendência da Polícia Federal (PF), que investiga a origem do ouro e possíveis conexões com outros servidores públicos. O delegado-adjunto da Polícia Civil do Amazonas, Guilherme Torres, informou que “será instaurado um inquérito policial” e reforçou que a corporação “não compactua com qualquer tipo de conduta de um servidor [...] fazendo operação sem ordem de missão”.

O corregedor-geral do Sistema de Segurança Pública, coronel Franciney Bó, afirmou que a apuração será rigorosa. “A gestão do sistema de segurança pública não está aqui para compactuar com atitudes de servidores com o crime. [...] Nós temos o dever de fazer uma apuração isenta e rigorosa. Não vamos compactuar com desvio de conduta de forma alguma”, concluiu.

 

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