Mais de 20 casos de atentados violentos nas escolas foram registrados nos últimos 10 anos no Brasil
Mapeamento da Unicamp ainda está em andamento
Cerca de 23 atentados com violência extrema em escolas foram registrados nos últimos 20 anos, segundo uma pesquisa feita pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Neste período, entre 2002 e 2023, 24 estudantes morreram, além de quatro professores e dois profissionais de educação.
O mapeamento ainda está em andamento e os dados são inéditos, dados foram divulgados pelo Estúdio i.
A pesquisadora Telma Vinha, da Faculdade de Educação e Coordenadora do Grupo “Ética, Diversidade e Democracia na Escola Pública” do Instituto de Estudos Avançados da Unicamp, afirma que os ataques podem ser evitados se houver um trabalho que acompanhe alunos e o comportamento deles não só na escola, mas também no seu dia a dia.
“Muitos claramente colocam na internet que vão atacar a escola. Sabemos que vai acontecer de novo, só não sabemos quando. Quando você atinge uma escola, você atinge uma comunidade. A escola faz parte da identidade das pessoas”, afirma.
O que também tem chamado a atenção dos pesquisadores é que os ataques têm aumentado em números desde o ano passado. No segundo semestre de 2022, foram sete, já neste ano, dois casos foram registrados.
“Isso é muito sério. O crescimento é exponencial”, afirma a professora Telma Vinha
De acordo com o Instituto de Estudos Avançados da Unicamp, de 2002 a 2023, 12 ataques aconteceram nas escolas estaduais, 7 em municipais e 4 em rede particular de ensino. Entre as vítimas fatais, 24 foram estudantes, quatro professores e dois profissionais de educação. E a motivação está entre vingança, raiva e usuários de cultura extremista.
Na manhã desta segunda-feira (27), uma professora da escola estadual de São Paulo de 71 anos, morreu após ser atacada a facadas por um aluno de 13 anos. Outras três professoras e um aluno foram atingidos mas não correm risco de morte.
