Mais de 30% dos solos brasileiros têm potencial natural para a agricultura
Entre os mais de 500 tipos de solos existentes no país, 29,6% têm boa e 2,3% muito boa potencialidade ao desenvolvimento agrícola

Foto: CNA/Wenderson Araujo/Trilux
O Mapa de Potencialidade Agrícola Natural das Terras do Brasil aponta que entre os mais de 500 tipos de solos existentes no Brasil, 29,6% têm boa e 2,3% muito boa potencialidade ao desenvolvimento agrícola. As informações foram divulgadas na última segunda-feira (5), quando se comemora o Dia Mundial do Solo, data implementada pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Outros 33,5% apresentam potencialidade moderada, com problemas relativamente fáceis de serem corrigidos. As áreas com restrições significativas são 21,4% do território nacional e em 11% do país as áreas têm restrições muito fortes ao uso agrícola.
Segundo o analista da pesquisa, Daniel Pontoni, o Brasil é um dos maiores produtores de alimentos do mundo. “Buscamos entender melhor o potencial agrícola do solo do Brasil e suas limitações, fazendo uma análise não indicativa de uso, mas interpretativa do solo e do relevo”.
A publicação interpretou o potencial natural dos solos para a agricultura, a partir do mapeamento do IBGE, levando em consideração os recursos naturais, o solo e o relevo. O instituto destaca que os mais de 500 tipos de solos do Brasil foram classificados segundo características como textura, pedregosidade, rochosidade e erodibilidade, para definir se a terra tem potencialidade ou restrições ao desenvolvimento agrícola.