Mais de 450 mil brasileiros tiveram a conta do WhatsApp clonadas ou falsificadas, aponta levantamento

Saiba como se prevenir do risco de golpes e fraudes

[Mais de 450 mil brasileiros tiveram a conta do WhatsApp clonadas ou falsificadas, aponta levantamento  ]

FOTO: Reprodução/Mundo Concectado

O WhatsApp se tornou uma ferramenta de comunicação essencial para os brasileiros. Segundo a pesquisa Panorama Mobile Time/Opinion Box sobre mensageria no país, o aplicativo está presente em 99% dos smartphones. E os criminosos cibernéticos estão de olho nesse mar de vítimas em potencial. De acordo com estimativas do dfndr lab, da PSafe, 453 mil pessoas tiveram suas contas na plataforma clonadas ou falsificadas no mês de outubro no país, o que dá uma média de quase 15 mil golpes por dia. 

"Como todo mundo está no WhatsApp, esse tipo de golpe gera um alto retorno financeiro para os criminosos", afirma Emilio Simoni, diretor do dfndr lab. O método para faturar com a fraude se mantém o mesmo ao longo dos últimos anos: os criminosos se passam pela vítima no WhatsApp e pedem dinheiro emprestado para amigos e familiares dela, seja por transferências ou pagamento de boletos. Mas as técnicas para fazer isso evoluíram.  

Começaram com a troca de cartões SIM, passaram pela clonagem e chegaram à falsificação de contas, em que a vítima nem sabe que seu nome está sendo usado. Na troca de cartões SIM, os criminosos passam o número de telefone da vítima para outro chip, usando dados pessoais para enganar funcionários de operadoras. Junto com o número, assumem o controle da conta de WhatsApp. Mas o golpe é rapidamente notado, já que o smartphone da vítima fica sem sinal.

Para evitar a clonagem do WhatsApp, especialistas recomendam ativar a autenticação de dois fatores, que exige uma senha para o acesso à conta. Assim, mesmo que os golpistas consigam o código SMS, não poderão fazer a instalação. Evitar a falsificação é mais difícil, pois exige o controle de informações pessoais, que podem ser vazadas por terceiros. Para minimizar os riscos, deve-se aumentar os níveis de privacidade das redes sociais e nunca adicionar desconhecidos.

Em caso de fraude, a vítima deve alertar imediatamente todos os seus contatos de que sua conta foi clonada ou falsificada, para evitar a transferência de dinheiro. O advogado Plauto Holtz recomenda fazer um boletim de ocorrência. E ressalta que dar publicidade é o meio mais rápido para evitar que amigos caiam no golpe.

Ao receber um pedido de transferência de dinheiro pelo WhatsApp, entre em contato com a pessoa por telefone ou chamada de vídeo, ou faça perguntas bem específicas para se assegurar de sua identidade. Emilio Simoni, diretor do dfndr lab, alerta: desconfie. Se a pessoa diz que mudou de telefone, deve-se ligar para o número antigo. 


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