Saúde
Relatório chama atenção para intervenção dos governos
FOTO: Tomaz Silva/Agência Brasil
A Organização Internacional do Trabalho (OIT) divulgou nesta segunda-feira (22) que mais de 70% da força de trabalho global enfrenta riscos associados à mudança climática, resultando em centenas de milhares de mortes anualmente. O relatório ressalta que os governos precisarão intervir à medida que esses números continuam a crescer.
Os trabalhadores, especialmente os mais pobres, são os mais vulneráveis aos extremos climáticos, como ondas de calor, secas, incêndios florestais e furacões. Eles geralmente são os primeiros a serem expostos ou enfrentam exposição por períodos mais longos e com maior intensidade do que a população em geral.
Com o aumento da velocidade da mudança climática, governos e empregadores estão enfrentando desafios para proteger os funcionários, de acordo com a OIT.
"Um número impressionante de trabalhadores já está sendo exposto a riscos relacionados à mudança climática no local de trabalho, e esses números só tendem a piorar", disse o relatório intitulado "Garantindo a segurança e a saúde no trabalho em um clima em mudança".
"À medida que (os riscos) evoluem e se intensificam, será necessário reavaliar a legislação existente ou criar novas regulamentações e orientações."
Alguns países melhoraram as proteções contra o calor para os trabalhadores, como o Catar, cujas políticas foram examinadas antes da Copa do Mundo de futebol de 2022.
No entanto, as regras para controlar outros perigos, como o uso crescente de pesticidas para trabalhadores agrícolas, são menos comuns.
"Temos alguns (países) que já limitam a exposição a altas temperaturas e também limitam a exposição à poluição do ar, mas raramente temos limites de exposição ocupacional definidos para outros perigos", disse Manal Azzi, especialista sênior da OIT em segurança e saúde ocupacional.
A parcela de trabalhadores globais expostos ao perigo mais difundido, o aumento das temperaturas, aumentou cerca de 5 pontos percentuais nas últimas duas décadas, chegando a 70,9%, segundo o relatório.
A OIT planeja uma grande reunião em 2025 com representantes de governos, dos empregadores e dos trabalhadores para fornecer orientação sobre os riscos climáticos.
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