Mais uma variante? Estudo indica países que podem dar origem a uma nova mutação do vírus
Pesquisadores da Airfinity alertam que baixa adesão à vacinação pode manter surgimento de variantes

Foto: Reprodução/Pixabay
Sequenciado pela primeira vez no Brasil, em 2020, o vírus que provoca a Covid-19 foi identificado como SARS-CoV-2. Desde então, a OMS (Organização Mundial de Saúde) já identificou pelo menos cinco "variantes preocupantes".
A Ômicron, variante mais recente, descoberta em novembro, já domina quase todos os países do mundo. Segundo cientistas, ela se espalha mais rapidamente do que a variante delta e pode evitar a imunidade induzida pela vacina.
No entanto, uma subvariante, a BA.2, parece ser ainda mais transmissível. Não é possível afirmar se essas serão as últimas, mas pesquisadores da Airfinity, na Inglaterra, empresa de dados de ciências da vida, tentaram mapear o local mais provável de aparecimento da próxima variante.
Tendo em vista que a mutação de um vírus é um processo aleatório e é por isso que novas variantes bem-sucedidas são mais propensas a vir de lugares onde muitas mutações estão ocorrendo, a Airfinity acredita que vai ocorrer em um local onde poucas pessoas estarão vacinadas e onde muitos sofrem com sistemas imunológicos enfraquecidos.
Isso porque as pessoas imunocomprometidas tendem a abrigar o vírus por mais tempo porque os respetivos corpos lutam mais para o combater, dando mais tempo para que as mutações bem-sucedidas possam se acumular e são menos propensos a produzir anticorpos após serem vacinados, o que significa que têm menos proteção contra a reinfecção.
Desse modo, pelos baixos índices de imunização, os pesquisadores da empresa concluíram que Burundi, Tanzânia, República Democrática do Congo, Iêmen e Nigéria correm o maior risco de produzir uma nova variante.