Manifestantes e 13 policiais morrem em protestos no Cazaquistão
País vive onda de protestos contra o aumento no preço dos combustíveis, que culminou na derrubada do governo

Foto: Reprodução
Dezenas de manifestantes e 13 agentes de segurança morreram em confrontos no Cazaquistão, país que vive uma onda de manifestações que culminou na dissolução do governo. De acordo com a TV estatal, dois policiais foram encontrados decapitados.
Conforme as informações, a população atacou prédios públicos em Alamy, e as forças de segurança não conseguiram controlar os protestos na maior cidade e capital econômica do país, nem mesmo após o governo voltar atrás do aumento dos combustíveis que originou a revolta popular.
Segundo o Ministério do Interior, cerca de 2 mil pessoas foram detidas apenas em Alamy, e mais de 300 policiais ficaram feridos. Os protestos já são os maiores desde a independência do país em 1991, quando a União Soviética entrou em colapso.
Os manifestantes chegaram a tomar o aeroporto da cidade, segundo a agência de notícias Reuters, mas na tarde desta quinta-feira (6) o local estava de novo sob controle dos militares. O comércio foi saqueado e carros incendiados estão espalhados pelas ruas.
O presidente Kassym-Jomart Tokayev declarou na terça (4) estado de emergência e um toque de recolher no país que não foram respeitados. Ele também prometeu abaixar o preço dos combustíveis para "garantir a estabilidade no país" e dissolveu o próprio governo, mas não renunciou.