Mansão do Caminho: líder espiritual Divaldo Franco deixa legado social com entidade que acolhe mais de 5 mil pessoas em Salvador
Baiano morreu na terça-feira (13), após luta contra câncer na bexiga

Foto: Reprodução/Mansão do Caminho
O médium e líder espiritual Divaldo Franco morreu aos 98 anos, na terça-feira (13), e deixa um grande legado social através da Mansão do Caminho. Fundada por ele em 1952, a instituição mudou a vida de milhares de crianças, jovens e famílias em situação de vulnerabilidade.
Localizada em Salvador, a instituição filantrópica funciona como uma espécie de complexo socioassistencial e atende mais de cinco mil pessoas. São ofertados apoio material, educacional e espiritual de maneira gratuita.
O primeiro prédio da Mansão do Caminho foi construído na rua Barão de Cotegipe, no bairro da Calçada. Três anos depois, em 1955, foi adquirido o terreno que atualmente sedia a instituição, no bairro de Pau da Lima. Ao todo, a Mansão conta com 44 edificações, distribuídas em uma área de 78 mil metros quadrados que contam com ruas, bosques e lago.
Toda a instituição é mantida através de doações da sociedade civil e empresas parceiras, além das vendas dos livros mediúnicos e das gravações de palestras, seminários, entrevistas e mensagens do próprio Divaldo.
No departamento educacional, a fundação acolhe cerca de dois mil alunos, que iniciam na creche "A Manjedoura", passam pelo "Jardim de Infância Esperança" da Escola Alvorada Nova, seguindo pelas Escolas Jesus Cristo e Allan Kardec no ensino fundamental, e finalizam o ensino médio, no Colégio Nilson de Souza Pereira. Também são ofertado cursos profissionalizantes para os alunos.
Já na parte de assistência social, a instituição oferece auxílio a mais de 500 pessoas em estado de vulnerabilidade social, com patologias graves, idosos e gestantes, através da Caravana Auta de Souza.A Mansão do Caminho conta ainda com o Centro de Saúde Dr. José Carneiro de Campos, com diversas especialidades e laboratório de análises clínicas.
Divaldo Franco - Foto: Divulgação
Divaldo definia a criação como “um templo de amor”. Ao longo da vida, ele adotou 650 filhos, que cresceram nas antigas casas-lares da Mansão do Caminho.
Desde novembro do ano passado, Divaldo lutava contra um câncer de bexiga. Ele morreu devido falência multiplica dos órgãos, sem causa da morte divulgada. Devido a morte de Divaldo, as atividades na Mansão do Caminho foram suspensas por dois dias, com retorno na sexta-feira (16).
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O velório de Divaldo será realizado nesta quarta-feira (14), no ginásio da Mansão do Caminho, das 9h às 20h. O sepultamento ocorrerá na quinta-feira, dia 15, às 10h, no Cemitério Bosque da Paz.
Veja imagens da Mansão do Caminho: