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'Março Roxo' é celebrado neste mês para conscientizar população sobre a epilepsia

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'Março Roxo' é celebrado neste mês para conscientizar população sobre a epilepsia

De acordo com a OMS, a doença acomete 2% da população no Brasil

Por Da Redação
'Março Roxo' é celebrado neste mês para conscientizar população sobre a epilepsia
Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

A Associação Brasileira de Epilepsia (ABE) informou que irá promover a campanha 'Março Roxo', para conscientizar a população sobre a doença. De acordo com dados divulgados pela Organização Mundial de Saúde (OMS), a mal acomete 2% da população no Brasil e afeta em torno  de 50 milhões de pessoas no mundo.

Segundo a ABE, objetivo da campanha é mostrar que a empatia é tão importante para a pessoa com epilepsia quanto o tratamento e que a falta de informação e o preconceito podem impactar fortemente a qualidade de vida das pessoas com epilepsia. As informações são do neurologista Lécio Fiqueira, que é presidente da Associação, em contato com a Agência Brasil.

O neurologista ainda retificou que a estimativa é que 70% das pessoas com epilepsia no mundo não recebem o diagnóstico e tratamento adequados.

O neurocirurgião pediátrico Ricardo Santos de Oliveira, que é orientador pleno do Programa de Pós-Graduação do Departamento de Cirurgia e Anatomia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto explicou que “a epilepsia é uma doença neurológica caracterizada por descargas elétricas anormais e excessivas no cérebro, que são recorrentes e geram as crises epilépticas. Para considerar que uma pessoa tem epilepsia, ela deverá ter repetição de suas crises epilépticas. Portanto, a pessoa poderá ter uma crise epiléptica [convulsiva ou não] e não ter o diagnóstico de epilepsia”.

Lecio Figueira, vice-presidente da ABE, disse que as doenças neurológicas mais frequentes são o acidente vascular cerebral (AVC), dores de cabeça e epilepsia. Segundo o vice, o estigma da epilepsia é de uma pessoa retardada que cai no chão, tem convulsão e baba.  “O estigma da epilepsia é esse. Mas isso não é a realidade. A maior parte das pessoas com epilepsia não têm alteração cognitiva significativa ou deficiência mental, toma o medicamento apropriado para a doença que controla as crises e toca a sua vida. São pessoas produtivas, casam”, afirmou.

É uma doença ligada ao funcionamento do cérebro. A maneira melhor de traduzir a doença é dizer que se trata de um curto-circuito cerebral, explicou o especialista. Lécio ainda retificou que a epilepsia não tem cura, mas a maior parte das epilepsias tem controle com medicação.

Medicação

A medicação disponível para a doença consegue controlar os problemas gerados em pelo menos 70% das pessoas. Como o problema é, na maioria das vezes, persistente, a recomendação é de uso contínuo do fármaco. De qualquer modo, o vice-presidente da ABE disse que o uso dos remédios tem de ser discutido caso a caso com o médico, dependendo do tipo de crise e da atividade da pessoa.

Consequências

A ABE informou que entre as consequências da falta de empatia com pessoas epiléticas está a desesperança, que pode gerar perspectivas negativas nos portadores da doença. Além disso, a autoestima do paciente fica prejudicada e é gerada uma sensação de desesperança.

Apesar dos tratamentos disponíveis e da possibilidade de desempenho normal de atividades no dia a dia, a forma negativa como a sociedade ainda trata a doença leva o paciente a se questionar ou a evitar situações.

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