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Maria Corina Machado, favorita da oposição, é impedida de ocupar cargos públicos na Venezuela por 15 anos

Controladoria-Geral amplia proibição devido ao apoio às sanções dos EUA e a Juan Guaidó

Por Da Redação
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Maria Corina Machado, favorita da oposição, é impedida de ocupar cargos públicos na Venezuela por 15 anos

Foto: Reprodução

A ex-parlamentar Maria Corina Machado, considerada a favorita para vencer a indicação da oposição à Presidência nas primárias de outubro na Venezuela, está enfrentando um novo obstáculo em sua trajetória política. A Controladoria-Geral do país emitiu uma carta informando que ela está proibida de ocupar cargos públicos pelos próximos 15 anos.

Essa nova restrição foi imposta devido ao apoio de Machado às sanções impostas pelos Estados Unidos contra o governo de Nicolás Maduro, além de seu apoio ao ex-líder da oposição Juan Guaidó, conforme mencionado na carta da Controladoria. 

Maria Corina Machado já enfrentava limitações em sua atuação política, pois está impedida de deixar a Venezuela há nove anos. Além disso, em 2015, ela foi proibida de ocupar cargos públicos por 12 meses devido à suposta omissão de benefícios recebidos durante seu mandato parlamentar em sua declaração de bens. Machado nega ter recebido tais benefícios.

Diante dessa nova decisão da Controladoria-Geral, o legislador José Brito, integrante da assembleia nacional controlada pelo partido governista, solicitou esclarecimentos sobre a situação de Machado. Em resposta, a Controladoria reafirmou a proibição, afirmando que ela está inabilitada para qualquer cargo público pelos próximos 15 anos.

Maria Corina Machado, que defende propostas como a privatização da estatal petrolífera PDVSA e a reestruturação da dívida venezuelana, declarou aos seus apoiadores que considera a proibição imposta pelo regime como insignificante e que isso demonstra a derrota do governo de Maduro.

É importante ressaltar que essa proibição não afeta a capacidade de Machado de participar das primárias, que estão sendo realizadas pela oposição sem apoio estatal. No entanto, ela não poderá se registrar nas autoridades eleitorais para concorrer oficialmente na corrida presidencial.

Há anos, a oposição denuncia o uso dessas proibições pelo partido no poder como forma de impedir mudanças políticas. A Organização dos Estados Americanos, com sede em Washington, emitiu um comunicado rejeitando a decisão da Controladoria e pedindo eleições livres e transparentes, destacando o uso de desqualificações e proscrições pelo regime para manter seu poder enquanto a crise política, social, humanitária e econômica no país se aprofunda. 

Outro candidato nas primárias da oposição, Henrique Capriles, que concorreu à presidência duas vezes, também foi proibido de exercer cargos públicos por 15 anos em 2017, em uma situação semelhante à de Machado.

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