Médicos da Prevent pedem proteção à CPI após supostas ameaças
Grupo encaminhou dossiê sobre atuação da rede na pandemia

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Segundo informações da CNN, um grupo de médicos que afirma ter trabalhado para a Prevent Senior pediu, nesta sexta-feira (17), que a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19 garanta proteção à eles após supostas ameaças. O grupo encaminhou um dossiê para a bancada com informações sobre a atuação da rede durante a pandemia.
De acordo com o relato feito ao grupo Prerrogativas, que reúne advogados e juristas, os médicos estariam recebendo uma série de ameaças e pedem que a CPI adote medidas para a segurança.
O advogado Marco Aurélio de Carvalho, coordenador do Prerrogativas, afirma que “é fundamental que a CPI garanta a integridade e o anonimato dos denunciantes” e que "as denúncias apresentadas por profissionais da Prevent Senior são gravíssimas e merecem uma firme e contundente resposta por parte da CPI”.
Na denúncia, os médicos acusam a rede de fazer o uso indiscriminado dos remédios de tratamento precoce, mais conhecido como "kit covid", que utilizam cloroquina e azitromicina. Além disso, o dossiê divulgado pela Folha de S. Paulo afirma que até remédios utilizados para tratar câncer teriam sido inclusos nos testes.
À CNN, o advogado da Prevent Senior, Aristides Zacarelli Neto, nega ter conhecimento das denúncias.
“Não tivemos acesso a nenhum documento que deu lastro a denúncia. Elas são feitas sempre de maneira anônima. Não entendemos porquê essa advogada nos procurou antes de levar as acusações à CPI”, disse.
Além disso, em nota divulgada, a Prevent acusa os médicos de quererem ganhar "notoriedade".
“A assessoria de imprensa da Prevent que respeita o Grupo Prerrogativas, mas acha estranho (e desconhece) que médicos anônimos tenham sido identificados e ameaçados. Parece que estes médicos querem usar o grupo para ganhar notoriedade”, diz trecho de nota.