Menos da metade das pessoas em idade de trabalhar estão ocupadas, diz pesquisa

Dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua

Por Da Redação
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Menos da metade das pessoas em idade de trabalhar estão ocupadas, diz pesquisa

Foto: Agência Brasil

Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) apontam que o nível de ocupação no país fechou o trimestre móvel encerrado em abril em 48,5%, ficando abaixo de 50% desde o trimestre encerrado em maio do ano passado. Os números afirmam que menos da metade da população em idade para trabalhar está ocupada no país. Ainda de acordo com os dados, que foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na última quarta-feira (30), o menor nível foi verificado no trimestre encerrado em julho de 2020, quando a ocupação ficou em 47,1%.

Atualmente, a taxa de desocupação está em 14,7%, com um total de 14,8 milhões de pessoas em busca de trabalho no país. De acordo com a analista da pesquisa Adriana Beringuy, na comparação com o trimestre terminado em abril de 2020, quando a Pnad Contínua observou os primeiros efeitos da pandemia, o mercado de trabalho ainda registra perdas na ocupação, mas a queda ocorre num ritmo menor.

A maioria dos indicadores da pesquisa ficaram estáveis no trimestre de fevereiro a abril, na comparação com o período de novembro a janeiro. Os trabalhadores com carteira assinada no setor privado somavam 29,6 milhões, apresentando estabilidade no trimestre, mas na comparação anual houve queda de 8,1%, o que representa menos 2,6 milhões de pessoas, como destaca a analista.

Trabalho informal e subutilização

De acordo com a pesquisa, a redução do trabalho sem carteira em relação ao mesmo trimestre de 2020 foi de 3,7%, com menos 374 mil pessoas. Beringui aponta que entre as categorias profissionais, apenas os trabalhadores por conta própria aumentaram. O crescimento foi de 2,3%, ou mais 537 mil pessoas, totalizando 24 milhões de pessoas nesse que é um dos principais segmentos da informalidade.

A taxa de informalidade ficou em 39,8%, com 34,2 milhões de trabalhadores informais, o que representa uma recuperação depois do menor nível, registrado em 37,4% em julho do ano passado. O recorde da informalidade ocorreu em outubro de 2019, com 41,3% ou 38,8 milhões de pessoas. O grupo de trabalhadores informais inclui os sem carteira assinada no setor privado ou domésticos, por conta própria, empregadores sem CNPJ e os trabalhadores sem remuneração.

A Pnad Contínua registrou ainda alta de 2,7% no total de pessoas subutilizadas, chegando a 29,7% da população. Com mais 872 mil, são agora 33,3 milhões pessoas nessa situação, o maior contingente da série comparável.


 

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