Mercado financeiro diverge sobre decisões tomadas pelo Banco Central
Integrantes do Copom anunciaram elevação dos juros em 1 ponto percentual, alcançando 12,75%

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
A divulgação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), ocorrida na terça-feira (22), fez com que o mercado financeiro tivesse divergências sobre as decisões do Banco Central com relação ao combate à inflação. As informações são da CNN Brasil.
Dois termos estão por trás da situação, o hawkish e o dovish. O primeiro é sobre uma política monetária de combate à inflação e elevações maiores nos juros. Já o segundo, é referente a uma postura mais suave, com combate menos intenso à inflação.
As divergências dos analistas têm como incertezas o cenário global de guerra da Rússia contra a Ucrânia e o grau dos efeitos inflacionários que geraram. A outra divergência é quanto ao comunicado do Copom de que elevaria os juros em 1 ponto percentual, superando algumas estimativas.
O documento divulgado pelo BC aponta que integrantes do Copom sinalizaram que a taxa básica de juros deve ter um novo aumento de um ponto percentual na próxima reunião, que acontecerá em maio, chegando a 12,75%.
Segundo o grupo, essa é a estratégia “mais adequada para atingir aperto monetário suficiente e garantir a convergência da inflação ao longo do horizonte relevante”. No entanto, o próprio Copom reconheceu um “cenário desafiador para a convergência da inflação para suas metas" e indicou que poderia aumentar os juros, dependendo da situação.
Os integrantes do comitê ainda decidiram apresentar um “cenário alternativo” das projeções devido à volatilidade nos preços do petróleo. Nele, a commodity terminaria 2022 em US$ 100 o barril, com previsão de inflação em 6,3% em 2022 e 3,1% em 2023, ou seja, um cenário mais brando. Para o Copom, é essa a hipótese mais provável atualmente de se concretizar.