De acordo com os dados do último boletim Focus divulgados pelo Banco Central (BC) na última segunda-feira (22), a estimativa do mercado financeiro para o crescimento da economia brasileira este ano caiu de 3,43% para 3,29%. Para o próximo ano, a expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB),  soma de todos os bens e serviços produzidos no país,  é de crescimento de 2,50%. Em 2023 e 2024, o mercado financeiro também continua projetando expansão do PIB em 2,50%.

Em relação à taxa básica de juros, a Selic, as instituições financeiras consultadas pelo BC aumentaram a projeção para este ano de 3,75% para 4%. Atualmente, a Selic está estabelecida em 2% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Para o fim de 2022, a estimativa do mercado é que a taxa básica fique em 5% ao ano. E para o fim de 2023 e 2024, a previsão é 6% ao ano.

Segundo o BC, quando o Copom aumenta a taxa básica de juros encarece o crédito e estimula a poupança. Entretanto, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas. Já quando o Copom reduz a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo.

A Selic é o principal instrumento utilizado pelo BC para alcançar a meta de inflação. Para 2021, a expectativa do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA - a inflação oficial do país) subiu de 3,62% para 3,82%. Para 2022, a estimativa de inflação é de 3,49%. Tanto para 2023 como para 2024 as previsões são de 3,25%.