Mesmo após 572 dias, Justiça ainda não localizou 5 réus no caso Brumadinho
Dezesseis pessoas e duas empresas respondem por homicídio de 270 pessoas, além de crimes contra a fauna, flora e poluição
Foto: Reprodução / TV Record
A Justiça ainda não localizou cinco réus que respondem a processo sobre o rompimento da barragem da Vale, em Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte. Já tem um ano e sete meses que a denúncia foi acatada.
Ao todo, 16 pessoas e duas empresas foram denunciadas em janeiro do ano passado por homicídio duplamente qualificado por cada uma das 270 mortes causadas pelo rompimento da barragem B1, ocorrido em 25 de janeiro de 2019.
Além disso, a denúncia também inclui crimes contra a fauna, a flora e poluição. A denúncia foi aceita pelo TJMG (Tribunal de Justiça de Minas Gerais) em 14 de fevereiro de 2020, menos de um mês depois de o Ministério Público ter entregue o documento de cerca de 500 páginas à Justiça.
Com isso, 16 pessoas passaram a responder ao processo, que já tem quase 19 mil laudas. Dentre elas estão o ex-presidente da Vale, Fábio Schvartsman, outros dez funcionários da mineradora e cinco da empresa de consultoria alemã Tüv Süd. As pessoas jurídicas das duas companhias também constam no processo
Um documento assinado pela juíza Renata Nascimento Borges, em 19 de agosto deste ano, revela que, até agora, cinco dos 16 réus sequer foram citados no processo. Advogados consultados pelo R7 informaram que este é o primeiro passo da denúncia e que o fato de eles não terem sido localizados formalmente até agora pode atrasar ainda mais o resultado do processo.