Militares da tropa de elite que matou Bin Laden desaparecem em missão contra houthis
Desaparecimento aconteceu durante uma ação de embarque de navios próximo a Somália

Foto: Pixabay
Dois militares da tropa de elite da Marinha dos Estados Unidos (SEALs, na sigla em inglês), desapareceram no mar durante uma operação contra o grupo rebelde Huthi. O grupo foi responsável pela operação que matou o terrorista Osama Bin Laden em 2011.
O desaparecimento ocorreu no dia 11 de janeiro durante uma ação de embarque de navios próximo à Somália, que já havia dado errado na semana passada, e tinha o objetivo de buscar armas iranianas destinadas aos Huthis no Iêmen para a realização de ataques no Mar Vermelho, segundo duas autoridades dos EUA.
O grupo se preparava para embarcar em um navio no Golfo de Áden, e no momento o mar estava bastante agitado. Um dos militares acabou escorregado de uma escada, e o outro mergulhou ao ver o companheiro na água para ajudá-lo. Não está claro se outros militares embarcaram com sucesso no navio e, em caso afirmativo, se alguma arma de fabricação iraniana foi localizada.
Esse tipo de operação costuma acontecer com a interdição de embarcações suspeitas ou inimigas para abordagem, busca e apreensão. São consideradas uma das missões mais difíceis e perigosas no meio militar e costumam ser feitas por tropas com treinamento especial.
De acordo com as autoridades, há esperança de que os dois militares de elite estejam vivos. Perguntado sobre a operação em um programa televisivo, o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, John Kirby, afirmou que se tratava de uma ação contínua dos militares americanos na região para interromper o envio de armas do Irã para o Iêmen, onde o grupo Huthi, apoiado por Teerã, governa em parte do país Kirby.
O porta-voz também distinguiu a operação dos ataques aéreos comandados pelos EUA contra as instalações Huthis no mesmo dia. Os ataques aéreos americanos e britânicos no Iêmen visaram várias estações de radar, locais de lançamento de mísseis e instalações de armazenamento usadas para realizar os ataques no Mar Vermelho.
O pentágono afirmou que o grupo deve continuar sendo uma ameaça na região. O governo norte-americano também não negou a possibilidade de uma futura ação militar no país, mas tem procurado agir com cuidado para evitar que a violência escale e envolva todo o Oriente Médio em guerra.