Ministério da Economia justifica que recuo no PIB foi influenciado por pico de mortes por Covid
Economia brasileira registrou leve queda de 0,1% no segundo trimestre, segundo IBGE

Foto: Marcos Correa/PR
O Ministério da Economia divulgou seu relatório sobre o resultado negativo do Produto Interno Bruto (PIB), publicado nesta quarta-feira (1º) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e destacou que a retração na margem de 0,1% no período foi influenciado pelo pico de mortes por covid.
"O resultado negativo ocorreu no trimestre em que houve o maior número de mortes por Covid e com efeitos setoriais relevantes", explicou a pasta em nota informativa.
"Porém, mais relevante do que observar o número do crescimento, é analisar a sua qualidade. Importantes reformas pró-mercado e medidas de consolidação fiscal estão sendo aprovadas, lançando as bases para o crescimento sustentável do país no longo prazo. Destaca-se a melhora relevante nos indicadores fiscais, com redução das projeções da dívida bruta em percentual do PIB e menor déficit primário para 2021-22", completa o relatório.
Depois de três indicadores positivos consecutivos, a economia brasileira recuou 0,1% entre abril e junho deste ano, na comparação com trimestre anterior.
No relatório, o governo federal enfatiza que o destaque do PIB pelo lado da oferta foi o desempenho dos serviços. A alta foi de 0,7% ante o trimestre anterior, com ajuste sazonal (livre de influências). "[Foi] Reflexo do crescimento de informação e comunicação e outros serviços, além da recuperação do comércio", diz a pasta.
Por outro lado, houve queda na agropecuária (-2,8%), devido a problemas climáticos, e na indústria (-0,2%), explicada em parte por escassez de insumos, em especial no ramo automobilístico.