Ministério da Justiça e CFA vão indicar gestores para empresas investigadas por narcotráfico
68 pessoas físicas e jurídicas tiveram o bloqueio de contas e bens decretados

Foto: Reprodução/Agência Brasil
O Ministério da Justiça e Segurança Pública e o CFA (Conselho Federal de Administração) vão indicar um grupo de profissionais para gerir três das empresas alvo da Operação Narcobroker, deflagrada pela Polícia Federal (PF) na última quarta-feira (4), em ação conjunta com a Receita Federal. De acordo com a PF, as companhias eram usadas em um suposto esquema organizado por um grupo de narcotraficantes que enviava cocaína para a Europa.
Segundo o Ministério da Justiça, as três empresas confiscadas e outras que estão sendo investigadas serviam para lavar dinheiro ilícito. Os interventores serão indicados pela Senad (Secretaria Nacional de Política sobre Drogas), vinculada ao ministério, junto com o CFA. A medida é fruto de uma parceria firmada em junho deste ano para permitir que empresas apreendidas em ações de combate ao crime organizado possam continuar a executar suas operações legais, evitando prejuízos para funcionários e para a economia.
A Justiça determinou o bloqueio de contas de 68 pessoas físicas e jurídicas, que, segundo investigações iniciadas em 2019, movimentaram juntas cerca de R$ 1 bilhão, entre 2018 e 2020. Também com autorização judicial, foram sequestrados mais de R$ 40 milhões em bens como imóveis e veículos de luxo. Segundo a PF, uma das casas apreendidas vale aproximadamente R$ 6 milhões e teria sido comprada pelo suspeito de chefiar o grupo investigado. As ações ocorreram nos estados do Paraná, Santa Catarina e São Paulo.