O Ministério da Saúde incorporou dois procedimentos oncológicos, a Peritonectomia em Oncologia e a Quimioperfusão Intraperitoneal Hipertérmica, para ampliar o tratamento contra o câncer através do Sistema Único de Saúde (SUS). Os dois novos procedimentos serão ofertados por 11 hospitais habilitados no país, e estão em duas portarias assinadas nesta quarta-feira (18).

As novas incorporações têm o intuito de oferecer mais opções de tratamento para dois tipos da doença: mesotelioma peritoneal maligno (MPM), que atinge a região abdominal, e pseudomixoma peritoneal (PMP), tumor que se manifesta na cavidade peritoneal. Além disso, o Ministério da Saúde elaborou protocolos específicos para orientação aos profissionais da saúde sobre as doenças e o uso dos novos procedimentos.

Tratamento de câncer no Brasil

De acordo com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, o Brasil é um dos países que tem a política pública para enfrentamento do câncer mais sólida do mundo. Queiroga afirmou que mais de R$4,6 bi são destinados para tratamentos oncológicos, entre cirurgias, radioterapias e quimioterapias. O ministro reforçou que a inclusão de mais dois tratamentos "é uma conquista dos pacientes oncológicos".

Com a nova incorporação, a expectativa é que 200 procedimentos para a cirurgia de citorredução com hipertermoquimioterapia, que tem o objetivo de remover o máximo possível de lesões tumorais, sejam feitas através do SUS anualmente. O impacto orçamentário federal com a inclusão dos procedimentos é estimado em mais de R$ 6,7 milhões ao ano, através do Fundo de Ações Estratégicas e Compensação (FAEC).