Ministério da Saúde exonera diretor de logística suspeito de pedir propina em compra de vacinas
Saída foi oficializada em publicação no Diário Oficial da União desta quarta-feira (30)

Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil
O Ministério da Saúde exonerou o diretor de logística Roberto Dias depois de denúncias de corrupção. De acordo com informado pela pasta, a decisão foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira (30). Dias foi citado em matéria do jornal "Folha de S.Paulo" que indica suposto esquema de corrupção na compra de vacinas contra a Covid-19.
De acordo com a reportagem, Luiz Paulo Dominguetti Pereira, representante da empresa de vacinas Davati Medical Supply, disse que Roberto Dias teria cobrado propina de US$ 1 para cada dose do imunizante, com intenção que fosse fechado um contrato com o Ministério da Saúde.
"Aí eu falei que não tinha como, não fazia, mesmo porque a vacina vinha lá de fora e que eles não faziam, não operavam daquela forma. Ele me disse: 'Pensa direitinho, se você quiser vender vacina no ministério tem que ser dessa forma", afirmou o representante à reportagem.
Questionado pelo jornal qual seria a "forma", Dias teria indicado: "Acrescentar 1 dólar". "Dariam 200 milhões de doses de propina que eles queriam, com R$ 1 bilhão." De acordo com o representante das vacinas, o jantar aconteceu em fevereiro, em um shopping.
Por meio de nota, a pasta indicou que a decisão relacionada a exoneração foi tomada na última terça-feira (29).
Roberto Dias foi nomeado no início da gestão do governo de Jair Bolsonaro (sem partido), quando Luiz Henrique Mandetta comandava a pasta.


