Antonio Rodrigo Machado, advogado do escritório Antonio Rodrigo Advocacia Associada, protocolou uma representação no Ministério Público Federal em que requer a análise e a suspensão da publicidade da empresa Fatal Model em partidas da Série A do Campeonato Brasileiro. A informação é do site JOTA.

A empresa, dona de uma plataforma com anúncios de prostituição de mulheres e homens -- cis e transexuais -- estampa um dos principais patrocínios na camisa do clube baiano. 

Além do MPF, a representação também foi endereçada ao Conselho Nacional de Autorregulamentação, o Conar, e também ao Procon do Rio de Janeiro. Segundo o advogado, esses órgãos são responsáveis por fiscalizar o conteúdo das transmissões esportivas e a relação com o consumidor, respectivamente. 

O advogado também requer que seja enviada uma notificação a Rede Globo, que é dona dos direitos de transmissão da Série A do Campeonato Brasileiro, tanto em canais abertos quanto fechados. Antonio explica que entende que o espetáculo de um vento de futebol é direcionado ao público adulto, mas sua intenção é trazer a reflexão da legalidade da publicidade de anúncio de prostituição sabendo do acesso a crianças nesse ambiente. Também cita que são as crianças que entram no acompanhadas dos jogadores no início dos eventos esportivos. 

Antônio acrescenta sobre as regulamentações já existentes em relação a bebidas alcoólicas e cigarro, mas, para serviços profissionais não há discussões. "Meu objetivo com essa representação é que os órgãos de controle possam discutir o tema e impor os limites que dialoguem com a dignidade da pessoa humana, da criança e do adolescente", diz".    

O patrocínio do fatal Model com o clube baiano foi fechado em 2023, quando o clube ainda disputava a Série B e a publicidade estava destinada apenas às mangas do uniforme, que valem menos nos contratos de publicidade. Em julho do mesmo ano, a empresa passou a ser o principal anunciante do clube. Quando o Vitória coquistou o título de Campeão Brasileiro, a marca ficou estampada como o maior destaque em seu uniforme.  

A mudança do nome do clube para "fatal Model Vitória" foi rejeitada em troca de R$200 milhões. No entanto, aprovaram a mudança do nome dos naming rights do estádio para "Fatal Model Barradão", por R$ 100 milhões por 10 anos.