Ministério Público Federal reforça pedido de afastamento de Salles
É a segunda vez que o órgão pede a saída do ministro do Meio Ambiente

Foto: Agência Brasil
O Ministério Público Federal (MPF) reforçou, pela segunda vez, o pedido de afastamento do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, após suposta irregularidades na condução da política de proteção ambiental da sua gestão.
Segundo a denúncia feita nesta quarta-feira (23), Salles é responsável pela “desmonte das estruturas de Estado de proteção ao meio ambiente” e a permanência dele no cargo estaria trazendo “consequências trágicas” à proteção ambiental, especialmente em relação ao aumento do desmatamento na Amazônia.
“Caso não haja o cautelar afastamento do requerido do cargo de Ministro do Meio Ambiente, o aumento exponencial e alarmante do desmatamento da Amazônia, consequência direta do desmonte deliberado de políticas públicas voltadas à proteção do meio ambiente, pode levar a Floresta Amazônica a um “ponto de não retorno’, situação na qual a floresta não consegue mais se regenerar”, afirmou a procuradora Márcia Zollinger.
Além disso, é citado o risco da permanência de Salles no comando do MMA leve a Amazônia ao ponto de “não retorno”, quando a floresta, sozinha, não teria mais condições de se regenerar. O pedido acontece em meio ao aumento recorde nos registros de focos de calor no Pantanal e na Amazônia. Entre janeiro e 22 de setembro,
O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) registrou, entre janeiro e 22 de setembro, 16.119 focos de calor no Pantanal, maior número já detectado desde o início das medições, em 1998.