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Ministério Público processa Hapvida na Bahia por irregularidades em segurança do trabalho

Processo cita riscos de radiação, ausência de equipamentos de proteção e condições degradantes no Hospital Teresa de Lisieux, em Salvador

Por Da Redação
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Atualizado
Ministério Público processa Hapvida na Bahia por irregularidades em segurança do trabalho

Foto: Hospital Teresa de Lisieux /Google Street View

O Ministério Público do Trabalho (MPT) entrou com uma ação civil pública contra a Hapvida Assistência Médica e a Ultra Som Serviços Médicos por descumprimento de normas de saúde e segurança no trabalho no Hospital Teresa de Lisieux, localizado no bairro do Itaigara, em Salvador.

A primeira audiência do caso está marcada para o dia 18 de setembro, na 26ª Vara do Trabalho da capital baiana.

O órgão pede que as empresas sejam obrigadas a corrigir as falhas identificadas em inquérito e indenizem a sociedade em R$ 5 milhões por danos morais coletivos. Entre os problemas constatados estão a falta de dosímetros para trabalhadores expostos à radiação, locais de descanso inadequados, ausência de corrimão em rampa de emergência, uso de calçados abertos em áreas impróprias e irregularidades na documentação de programas obrigatórios de gerenciamento de riscos e saúde ocupacional.

As denúncias começaram em 2023, a partir de uma comunicação anônima encaminhada ao Ministério Público da Bahia e repassada ao MPT. A investigação foi conduzida pelo procurador Ilan Fonseca e confirmou violações que atingem principalmente enfermeiros e técnicos de enfermagem. Segundo a ação, houve desde falhas no fornecimento de equipamentos de proteção individual (EPIs) até descumprimento de piso salarial.

O MPT pede ainda que, em caso de reincidência, as empresas paguem multas de R$ 300 mil por item descumprido. Os valores deverão ser revertidos ao Fundo de Promoção do Trabalho Decente ou a instituições sem fins lucrativos.

Na primeira análise do pedido de liminar, a juíza Renata Gaudenzi, titular da 26ª Vara do Trabalho de Salvador, entendeu que seria necessário colher mais elementos antes de uma decisão imediata. O Ministério Público, no entanto, insiste na concessão da medida para preservar a integridade física e mental dos profissionais de saúde.

De acordo com  o MPT, as irregularidades violam a Norma Regulamentadora 32, que estabelece diretrizes de segurança em serviços de saúde, abrangendo desde riscos biológicos e químicos até descarte de resíduos e ergonomia. O descumprimento, segundo o MPT, expõe trabalhadores a acidentes e adoecimento, além de comprometer a qualidade da assistência prestada à população.

A reportagem do Farol da Bahia entrou em contato o a assesoria da HapVida que até o fechamento da matéria não se manifestou sobre o caso. O espaço segue aberto.

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