Morre a atriz Diane Keaton, vencedora do Oscar e musa de Woody Allen, aos 79 anos
A causa da morte não foi divulgada

Foto: Reprodução/Redes Sociais
Morreu neste sábado (11), a atriz Diane Keaton, aos 79 anos, na Califórnia, nos Estados Unidos. A causa da morte não foi divulgada. As informações foram confirmadas pela revista People com um porta-voz da família.
Nome consagrado de Hollywood, Keaton venceu o Oscar de melhor atriz em 1978 por sua atuação em "Noivo Neurótico, Noiva Nervosa", de Woody Allen.
A artista despontou na Broadway em 1969, protagonizando "Play It Again, Sam", uma comédia de sucesso com Allen, com quem se envolveu romanticamente durante a temporada.
A atriz despertou a atenção da meca do cinema ao interpretar Kay Adams, a namorada que mais tarde se casaria com o mafioso Michael Corleone, papel de Al Pacino, em "O Poderoso Chefão", de 1972, e "O Poderoso Chefão: Parte 2", de 1974, ambos dirigidos por Francis Ford Coppola.
Mesmo depois de deixarem de ser um casal, Keaton e Allen voltaram a trabalhar juntos em produções como "Sonhos de um Sedutor, de 1972, a adaptação da peça da Broadway de 1969 na versão cinematográfica de Herbert Ross.
Keaton também atuou ao lado de Allen na comédia de ficção científica "O Dorminhoco", de 1973, e "A Última Noite de Boris Grushenko", de 1975, antes de interpretar a charmosamente desajeitada Annie Hall, no filme que a consagraria em 1978 como melhor atriz.
Os dois repetiram a parceria em "Interiores", de 1978, e na comédia romântica de 1979 "Manhattan", que traz temas favoritos do diretor, como a cidade de Nova York e relacionamentos amorosos complicados.
A atriz recebeu ainda mais três indicações ao Oscar de melhor atriz, por sua atuação em "Reds", de 1981, "As Filhas de Marvin", 1996, e "Alguém Tem que Ceder", de 2003.
Ao longo de sua carreira, Keaton também atuou como como diretora, com destaque no videoclipe de 1987 da música "Heaven Is a Place on Earth", da vocalista do Go-Go, Belinda Carlisle.
Ela ainda dirigiu episódios das séries "China Beach" e "Twin Peaks" e um episódio da produção televisiva da Fox "Pasadena". Além de ter sido uma das produtoras executivas do aclamado filme de Gus Van Sant inspirado no massacre de Columbine, "Elephant", de 2003.
Keaton publicou livros de memórias como "Then Again", de 2011, e "Let's Just Say It Wasn't Pretty", de 2015, em que discorria sobre a vida, a busca pela beleza e o envelhecimento.
O título vem de um momento em que os procedimentos estéticos eram tema de conversa familiar quando ela era pequena. Ao ver uma foto do ator Dean Martin antes da cirurgia no nariz, a mãe de Keaton comentou: "Vamos dizer apenas que não era bonito".
Na publicação, ela afirma sobre si mesma: "É preciso força para assumir suas imperfeições. As pessoas me perguntam por que nunca fiz plástica. A verdade é que eu respeito tanto as mulheres que fizeram quanto as que não fizeram".
Ela ainda relata momentos de seus relacionamentos, amorosos e profissionais, com Allen, Warren Beatty, Jack Nicholson e Al Pacino, comentando: "Tentei de tudo para fazer dele um marido; falhei. O que aprendi? Nunca se apaixone pelo Poderoso Chefão".
Keaton refletia ainda sobre o envelhecimento, na condição de ser uma pessoa famosa. "Para nós, que fomos separados da vida real pela fama, envelhecer é uma experiência niveladora", escreveu no livro que chegou à lista de mais vendidos do jornal The New York Times.
Sua última atuação foi na comédia da diretora Castille Landon, "Summer Camp", de 2024, que acompanha três amigas de infância que passavam todos os verões juntas em um acampamento.
Keaton, que nunca se casou, deixa dois filhos que adotou quando já tinha 50 anos, Dexter e Duke.