Morte de Santa Dulce dos Pobres completa 30 anos neste domingo (13)
A primeira santa brasileira morreu em Salvador, após dois anos de internação no hospital Santo Antônio

Foto: Divulgação / Senado
Neste domingo, 13 de março, a morte de Irmã Dulce, a Santa Dulce dos Pobres, completa 30 anos. A data, um número (13) que acompanhou a religiosa em diversos momentos da vida, parou Salvador. Irmã Dulce morreu no final da tarde de 13 de março de 1992, 13 dias antes de completar 78 anos, após dois anos internada no Hospital Santo Antônio.
No dia 15 de março, amigos, devotos, seguidores, beneficiados pelo trabalho da religiosa e outros tantos deram o último adeus à Irmã Dulce, que foi sepultada no altar do Santo Cristo, na Basílica de Nossa Senhora da Conceição da Praia, na Cidade Baixa.
Meses antes da sua morte, em outubro de 1991, Irmã Dulce recebeu em seu leito de morte, a visita do Papa João Paulo II, de quem recebeu a bênção e extrema unção.
Trinta anos depois, o legado da religiosa segue baseado na fé e na solidariedade, mas muita coisa mudou, incluindo um título de santidade para Irmã Dulce, recebido em outubro de 2019, através do Papa Francisco.
Obras sociais
Apesar da data simbólica, a situação atual de seu maior legado, a Obra Social de Irmã Dulce (OSID) é preocupante. Hoje a instituição tem um déficit de quase R$ 24 milhões, que podem ser acrescidos de outros R$ 20 milhões até o final do ano. O complexo pode fechar as portas caso não consiga resolver a situação.
No início deste mês, junto com as homenagens à data da morte da santa, foi lançada uma campanha de socorro financeiro, para o recebimento de doações.
A sede das Obras, que fica em Salvador, possui 40 mil metros quadrados de área construída, 20 dos 21 núcleos da entidade, incluindo 954 leitos hospitalares. A OSID realiza uma média de 3,5 milhões de procedimentos ambulatoriais por ano na Bahia e cerca de 23 mil cirurgias em várias especialidades médicas.
A unidade filantrópica é referência em atendimento de pacientes oncológico e atende cerca de 9 mil pessoas com câncer na capital baiana.
Além dos trabalhos em saúde pública, a entidade presta assistência à população de baixa renda nas áreas da Assistência Social, Pesquisa Científica, Ensino em Saúde, Ensino Fundamental e na preservação e difusão da memória de Santa Dulce dos Pobres, fundadora da instituição.