Mortes de tartarugas em período reprodutivo preocupam especialistas

150 animais já morreram em 2020

[Mortes de tartarugas em período reprodutivo preocupam especialistas]

FOTO: Reprodução / TV Bahia

Especialistas estão preocupados com a morte de tartarugas em período reprodutivo no litoral sul da Bahia. Eles explicam que a situação pode provocar desequilíbrio ambiental já que, naturalmente, haverá impacto na produção dos ninhos, por exemplo. 

"O prejuízo entre setembro, quando começou a parte [reprodutiva] das Olivas, até hoje, foram 17 fêmeas. Isso dá uma perda de, mais ou menos, 6.500 ovos", contou Wellington Laudano, veterinário do projeto.

Até o mês passado, no total, somando tanto as que estavam no período reprodutivo quanto as que não estavam, o projeto tinha contabilizado 130 tartarugas mortas. O problema, no entanto, é que novos casos foram registrados. Duas tartarugas foram encontradas mortas em praias de Ilhéus só nesta semana.

As tartarugas eram da espécie Oliva e mediam cerca de um metro e dez centímetros. Segundo o Projeto (A)mar, a causa da morte foi asfixia. Os animais ficaram presos em redes de pesca e não conseguiram subir até a superfície para respirar. Todas duas estavam em período reprodutivo.

O projeto afirma que além das perdas, existe a preocupação com a chegada das tartarugas em áreas de desova. Isso porque alguns pontos de Ilhéus são cheios de obstáculos para os animais. A Praia da Avenida, por exemplo, foi afetada pelo grande volume de baronesas e também de lixo. Por causa da situação, as tartarugas precisam gastar mais energia e, no percurso, correm o risco de ferimentos e até encalhe, o que dificulta a desova.

"Ela pode não consegui nem subir, nem descer da desova porque tem muitos artefatos; tem caco de vidro, tem lixo, tem plástico. Tem pedaço de madeira que pode cortar, provocar um ferimento. Ou o animal ficar até preso na baronesa", explicou Laudano.

No sul da Bahia, até este mês, , já foram catalogados 35 ninhos de tartarugas. O pico maior de desova é de dezembro a abril, podendo chegar a 700 ninhos monitorados.

"A partir de dezembro, além das desovas que já estão ocorrendo, começam também os nascimentos. E também aumenta a quantidade de desovas", afirmou Stella Tomás, bióloga do projeto.

Alguns registros

Uma tartaruga da espécie verde foi encontrada morta em uma praia de Uruçuca, em janeiro;
Em julho, cinco tartarugas foram achadas mortas no litoral de Uruçuca e Ilhéus;
Mais quatro morreram em agosto, em praias dos municípios de Ilhéus, Itacaré e Uruçuca;
Também em agosto, outras duas foram achadas mortas no sul da Bahia;
Em setembro, outras seis tartarugas encontradas mortas na região;
Duas morreram no mês passado
 


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