Mourão suspeita que "parcela" de dragas no Rio Madeira sejam contratadas por narcotráfico
Barcas começaram a chegar à comunidade de Rosário nos últimos 15 dias
Em audiência pública na Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira (24), o vice-presidente e coordenador do Conselho Nacional da Amazônia Legal (CNAL), Hamilton Mourão, afirmou que suspeita que uma "parcela" das balsas e dragas atracadas no Rio Madeira são contratadas pelo narcotráfico.
As embarcações, começaram a chegar próximo à comunidade de Rosário, localizada há 113 quilômetros de Manaus, nos últimos 15 dias. De acordo com as imagens divulgadas, estas seriam usadas por garimpeiros para a extração de ouro.
"Volta e meia aparece um garimpo de aluvião ali na região. Pode ter certeza que parcela disso aí está contratado por gente ligada ao narcotráfico porque o Madeira é rota do narcotráfico", afirmou.
Em nota, o Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) confirmou uma movimentação anormal no Rio Madeira e afirmou que a real situação do local deve ser apurada. Além disso, o comunicado afirma que a extração de minerais da região não é licenciada, assim, as práticas seriam irregulares.
Já a Polícia Federal informou que "se encontram em andamento, tratativas interinstitucionais sobre a notícia dos garimpeiros na calha do rio Madeira. Assim que reunidas informações e dados acerca de ações desta Superintendência Regional da Polícia Federal sobre o assunto em questão, encaminharemos para o conhecimento de todos".