Movimento cobra respeito após agressão a integrantes da Irmandade dos Homens Pretos no 2 de Julho
Nota repudia ação em ato por direitos dos professores municipais

Foto: Reprodução/redes sociais
O "Movimento Rolezinho das Caras Pretas" manifestou apoio público à Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, após o episódio de violência na última quarta-feira (2), durante as celebrações do 2 de Julho, quando integrantes da Irmandade participavam de um protesto em defesa do pagamento do piso salarial aos professores da rede municipal.
Em nota, o grupo repudiou veementemente a ação “[...] tiveram seus cartazes arrancados e rasgados, foram empurrados e derrubados nas escadarias da centenária Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, inclusive idosas e senhoras que ali protestavam pacificamente. A manifestação denunciava o descaso do prefeito frente às justas reivindicações das professoras da rede municipal, como o não pagamento do piso salarial e os cortes ilegais nos salários das grevistas", diz o texto.
O movimento também exigiu respeito às manifestações legítimas e reparação pelos danos causados. "Exigimos respeito às manifestações legítimas, reparação pelos danos causados e que a Prefeitura preste contas públicas sobre esse ataque intolerável. Reafirmamos nosso compromisso com a Irmandade e com todas as vozes que resistem à opressão", completou.
Leia a nota na íntegra
O Movimento Rolezinho das Caras Pretas vem, por meio desta, manifestar seu irrestrito apoio à Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos e repudiar veementemente as ações violentas perpetradas por agentes da guarda municipal ligados à prefeitura desta capital.
No dia 02 de Julho 2025, componentes da Irmandade foram agredidos física e simbolicamente: tiveram seus cartazes arrancados e rasgados, foram empurrados e derrubados nas escadarias da centenária Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, inclusive idosas e senhoras que ali protestavam pacificamente. A manifestação denunciava o descaso do prefeito frente às justas reivindicações das professoras da rede municipal, como o não pagamento do piso salarial e os cortes ilegais nos salários das grevistas.
A Igreja do Rosário e sua Irmandade são símbolos históricos de luta e resistência negra nesta cidade e no Brasil. Não podem ser vilipendiadas por agentes que desrespeitam tanto os direitos da classe trabalhadora quanto as instituições que há séculos defendem a dignidade do povo preto.
Exigimos respeito às manifestações legítimas, reparação pelos danos causados e que a Prefeitura preste contas públicas sobre esse ataque intolerável. Reafirmamos nosso compromisso com a Irmandade e com todas as vozes que resistem à opressão.
Em solidariedade,
Movimento Rolezinho das Caras Pretas
A Guarda Municipal de Salvador (GCM) nega que agentes estavam no ato e que nenhum dos envolvidos pertencem ao órgão.