MPF e DPU denunciam Bolsonaro por racismo
Presidente se referiu a cabelo de apoiador como 'criador de barata'

Foto: Reprodução/Youtube
O Ministério Público Federal (MPF) e a Defensoria Pública da União ajuizaram, nesta sexta-feira (23), uma ação civil pública contra o presidente Jair Bolsonaro e a União. Ação foi tomada em decorrência de situação em que o presidente se refere ao cabelo do apoiador como "criador de barata", durante uma conversa.
Bolsonaro, ao conversar com simpatizantes na saída do Palácio da Alvorada, no dia 8 de julho, se referiu ao missionário Maicon Sullivan como "criador de barata" e questionou "como está a criação de baratas aí?", afirmando também que apoiador não poderia utilizar o medicamento Ivermectina, pois iria "matar seus piolhos".
Segundo ação do MPF, o comentário do presidente reforça "estereótipos raciais negativos e caracterizam discriminação e intolerância contra pessoas negras." O órgão solicita a retirada das manifestações das redes sociais do presidente Jair Bolsonaro e da rede oficial da Presidência da República e solicita que haja uma retratação nos meios de comunicação e na grande imprensa.
Após repercussão do caso, Bolsonaro chamou Sullivan para participar de live, em que negou estar se sentindo ofendido, e fez mais comentários a respeito do cabelo do missionário, além de questionar quantos banhos ele tomava por mês.