MPF investiga fraudes em recebimento do auxilio emergencial no sudoeste da Bahia
Entre os investigados estão filhos de gestores municipais e secretários

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O MPF (Ministério Público Federal) da Bahia vai investigar se agentes públicos e familiares de políticos da cidade de Itarantim, no sudoeste do estado, cometeram fraudes para receber indevidamente o auxílio emergencial do governo federal destinado ao enfrentamento da pandemia do coronavírus.
Entre os casos, está o de Paulo Otavio Martins Dias Vieira, filho do prefeito da cidade Paulo Silva Vieira (DEM), Paulo Otavio é estudante de medicina em uma faculdade com mensalidade de R$ 7.500. Em reportagem do UOL, o prefeito confirmou que o filho pediu o auxílio, mas que foi um "ato isolado" dele. Outros casos a ser apurados pelo MPF envolvem a filha do vice-prefeito Jadiel Matos (MDB), dois secretários e um gestora municipal do Bolsa Família.
Um relatório obtido pela reportagem aponta que pelo menos 15 servidores da prefeitura entraram com o pedido para receber o auxílio. Eles ocupam cargos comissionados, postos temporários e recebem até R$ 4.500 de salário. A suspeita é que 13 auxílios de R$ 600 e dois de R$ 1.200 entre abril e maio teriam sido pagos a esses funcionários.
As suspeitas de irregularidades estão sendo apuradas pela Procuradoria da República em Vitória da Conquista, que abriu um procedimento extrajudicial no dia 9 deste mês. Caso as acusações sejam confirmadas, os envolvidos podem ser processados criminalmente e responder por estelionato contra os cofres públicos. A pena pode passar de seis anos de prisão.