MST ocupa estação de zootecnia na Bahia; manifestação conta com mais de 300 integrantes
Ocupação já ultrapassa 24h e integrantes do MST seguem no local nesta quarta-feira (23)

Foto: TV Santa Cruz
Cerca de 340 integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST) ocuparam a Estação de Zootecnia do Extremo Sul da Bahia, localizada às margens da BR-101, em Itabela, na terça-feira (22). Em nota, o MST afirmou que a ocupação é pacífica e tem como objetivo reivindicar a paralisação de um acordo entre o movimento e diversos órgãos federais.
A manifestação já ultrapassa 24h e os ocupantes seguem no local nesta quarta-feira (23). O local, que pertence a Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), e é administrado pelo governo federal, já havia sido ocupado em 2022 e em 2024.
De acordo com informações divulgadas pelo MST, a ocupação é um ato pacífico que visa chamar a atenção para questões que envolvem a atuação dos órgãos do governo no apoio ao desenvolvimento da agricultura familiar e da reforma agrária. Os membros do movimento afirmam que é essencial que as demandas dos trabalhadores rurais sejam ouvidas e atendidas de maneira eficaz e imediata.
Segundo a organização, o acordo paralisado tinha como objetivo destinar, para fins de reforma agrária, áreas federais abandonadas e que não cumprem função social. Ainda conforme o MST, o acordo envolvia a Ceplac; o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra); a Secretaria do Patrimônio da União (SPU); e o Ministério do Desenvolvimento Agrário.
Segundo funcionários do Ceplac, os integrantes do MST cortaram cercas e fizeram ligações de energia inadequadas, o que provocou curtos e queimas de equipamentos. Além disso, eles impedem o acesso de servidores a instalações, o que pode causar danos a pesquisas desenvolvidas no local.
Com os servidores sem acesso ao local, áreas de pesquisa estão paralisadas e trabalhos em andamento podem ser perdidos.
De acordo com o MST, ainda não há data para a desocupação.