A Ford já produziu este ano 27.816 unidades do Mustang “Mach-E” elétrico no México superando a marca de 26.089 do modelo tradicional, a gasolina, produzido nos EUA. A Ford divulgou uma nota onde comemora o resultado. No entanto, a redução de produção do Mustang se deve mais a uma falta de peças eletrônicas do que ao sucesso do novo modelo eletrico e um novo posicionamento da marca de privilegiar SUvs e Pickups ao invés de seu tradicional esportivo. 

Vale lembrar que está decisão não é algo recente pois a Ford fechou neste semestre duas fábricas no Brasil onde produzia dois modelos. Na Bahia o impacto negativo da medida chegou a 25.000 postos de trabalho perdidos. 

Jim Farley, presidente da companhia, disse: “O Mach-E se saiu melhor do que esperávamos e estamos completamente sem estoque. Enquanto falamos, o carro vai conquistando o mundo e aqui, nos Estados Unidos, o tempo de espera é de meses".

A falta de peças eletrônicas levou a Ford a uma decisão estratégica de priorizar a manufatura de modelos considerados estratégicos como o Bronco e Bronco Sport (lançado recentemente no Brasil), além do próprio Mach-E. 

“Estamos muito entusiasmados com o sucesso que estamos vendo com o lançamento do novo Mustang Mach-E. Não apenas aqui na América, mas globalmente também. Para ser honesto, porém, é preciso considerar que a produção do Mustang na fábrica de Flat Rock foi influenciada por fatores externos, como a falta de chips", disse Erick Merkle, diretor de vendas da Ford. 

Até 2030 marca espera vender 40% do seu volume de veículos movidos a eletricidade sem uma transição para modelos híbridos como tem feito alguns fabricantes. A meta é mundial mas espera-se que na Europa a aceitação deste tipo de propulsão será maior e mais rápida com leis anti emissões cada ano mais rígidas.