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Não pode existir anistia para quem cometeu crimes contra o Estado Democrático de Direito, diz Gleisi Hoffmann

Ministra classificou que pautar o tema é considerado uma "afronta ao sistema"

Por Da Redação
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Não pode existir anistia para quem cometeu crimes contra o Estado Democrático de Direito, diz Gleisi Hoffmann

Foto: José Cruz/Agência Brasil

A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, disse nesta sexta-feira (5) que qualquer projeto de anistia para os envolvidos nos atos de 8 de janeiro "corre muito risco de ser emendado em plenário para dar anistia para Bolsonaro".

Em entrevista ao Estúdio i, da Globonews, a ministra afirmou que a posição do governo é de que "qualquer tipo de anistia para quem cometeu crimes contra o Estado Democrático de Direito não pode existir".

"A nossa posição é que qualquer tipo de anistia para quem cometeu os crimes que cometeu em relação ao Estado Democrático de Direito não pode ter. Aliás, essa não é nem a minha opinião, é a opinião do ministro Luiz Fux.", seguiu a ministra.

O alerta foi realizado após ela ser questionada sobre a possibilidade do Congresso negociar uma anistia mais branda, focada somente na diminuição de penas para os executores dos atos. Gleisi descartou a ideia, dizendo que o risco de a proposta ser aumentada durante a votação é alto.

Segundo a ministra, a preocupação dela é baseada em declarações públicas dos próprios filhos do ex-presidente.

"Vamos lembrar aqui que tanto o Eduardo Bolsonaro como o Flávio Bolsonaro já se manifestaram dizendo que esse processo que é para os pequenos não serve, que tem que ser [anistia] geral e irrestrita", disse Gleisi.

'Afronta ao Supremo'

Gleisi se referiu a discussão da pauta no Congresso como um "absurdo" e uma "afronta ao Supremo Tribunal Federal", por acontecer no mesmo momento em que a Corte julga a trama golpista.

A ministra apontou o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), como o principal articulador da proposta.  "[Há] uma articulação forte aí de uma parte do centrão e da extrema-direita, capitaneada pelo governador Tarcísio, que tem pressionado o Congresso", disse.

De acordo com a ministra, o avanço da anistia seria nas palavras dela um "presente ao Trump", em referência às sanções impostas pelo presidente dos EUA contra autoridades brasileiras.

"Ele [Tarcísio] está articulando o presente ao Trump, porque é exatamente dar anistia ao Bolsonaro", disse.

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