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Natal: intenção de compra do brasileiro cai 24%, o maior recuo em 5 anos, aponta levantamento

Dos 28 produtos pesquisados, apenas cinco registraram aumento na intenção de compra

Por Da Redação
Natal: intenção de compra do brasileiro cai 24%, o maior recuo em 5 anos, aponta levantamento
Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

A inflação em mais de 10% e os altos juros derrubaram as intenções de consumo dos brasileiros para este Natal, repetindo o movimento já registrado na Black Friday - a megaliquidação do final de novembro.

Uma pesquisa da plataforma V + do Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo (Ibevar) identificou que, de 28 produtos pesquisados, entre alimentos e enfeites típicos desta época do ano, eletroeletrônicos, eletrodomésticos, móveis, itens de informática, telefone celular e artigos de vestuário, só cinco aumentaram na intenção de compra em relação ao Natal de 2020.

A pesquisa foi realizada com o uso de algoritmos de inteligência artificial e análise semântica. Por meio dessas ferramentas, foram extraídos dados espontâneos de 100 mil manifestações em redes sociais durante este mês de dezembro. 

Entre os cinco produtos que registraram aumento da intenção de compra, estão forno de micro-ondas (3%), drones (31,2%), jogos eletrônicos (42%), consoles de videogames (70%) e panelas elétricas (270 %).

Os outros 23 itens restantes tiveram registros de queda de até 40% na intenção de consumo. Esse é o caso do telefone celular e smartphone, seguido por fone de ouvido (38,2%), bicicleta (33,8%), TV (30,1%) ) e comprimido (29,5%).

Esses dados revelam um recuo de, em média, 24% na intenção de compra para os 28 itens. É a maior retração observada na pesquisa de intenção de consumo de Natal desde 2016 (7%). No ano passado, uma queda havia sido de 5% antes de Natal de 2019.

“Não é surpresa que o Natal deste ano seja muito ruim, assim como foi a Black Friday”, afirma o economista e presidente do Ibevar, Claudio Felisoni de Angelo . Ele argumenta que a conjuntura é desfavorável às compras, com 13,5 milhões de desempregados no País, juros no comércio de 80% ao ano, taxa de câmbio na casa de 10%, incertezas e ambiente político conturbado.

O tombo na Black Friday deste ano foi bem maior. O mesmo tipo de levantamento apontou queda de 32% na intenção de compra para a data, comparada ao ano anterior. Essa percepção foi confirmada, posteriormente, por dados da Eletros, associação que reúne a indústria de eletroeletrônicos, que deve recuperar de até 30% nas vendas de seus produtos.

A análise de Felisoni aponta que além dos fatores macroeconômicos negativos para o consumo, muitos bens duráveis ​​foram renovados recentemente, como celulares e eletrodomésticos. Portanto, não há um novo apelo para que sejam trocados.

No caso dos cinco produtos que ainda despertam interesse de compra neste Natal, o economista observa que eles refletem mudanças de hábitos provocadas pelo isolamento social imposto pela pandemia. “As pessoas passaram a cozinhar mais em casa e ter atividades de lazer, por isso o maior interesse pela panela elétrica e console de jogos", disse Felisoni.

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