Nomeado pelo Papa Francisco, brasileiro será porta-voz das urgências da Amazônia
Virgílio Viana é engenheiro florestal

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O brasileiro Virgílio Viana foi escolhido pelo Papa Francisco para ocupar uma cadeira na Pontifícia Academia de Ciências Sociais (PACS) do Vaticano. Na nova função, Viana, que é o primeiro do Brasil neste cargo, vai debater e ajudar a criar estratégias de combate ao desmatamento, às queimadas e ao aquecimento global. Atualmente, a Amazônia bate recordes de destruição. Somente em setembro deste ano, por exemplo, houve um aumento de 71%, em comparação com o mesmo período do ano passado.
Agora, Virgílio Viana, que é engenheiro florestal, busca ser a voz que vai auxiliar na preservação ambiental mundial nos próximos 20 anos em que ficará entre os membros da Academia. A nomeação dele pelo pontífice da igreja católica aconteceu no dia 3 de agosto deste ano, mas foi publicada oficialmente no site do Vaticano nesta semana.
Virgílio é superintendente geral da ONG Fundação Amazônia Sustentável (FAS) e um dos fundadores do Instituto Amigos da Amazônia (Iama), ambos reconhecidos por desenvolverem projetos que dão assistência a povos indígenas e à floresta tropical. Entre 2002 e 2008, quando ocupou o cargo de secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do Amazonas, o engenheiro conseguiu preservar 12 milhões de hectares de unidades de conservação no estado e ajudou a reduzir o desmatamento.
A PACS foi fundada por João Paulo II, em 1994, com o objetivo de promover o estudo e o progresso das Ciências Sociais e fornecer à Igreja elementos para o desenvolvimento de sua doutrina social. Seu papel é organizar conferências e workshops, bem como estimular a pesquisa científica, a partir de especialistas renomados.