Nova safra do algodão baiano deve manter alta na produção

A estimativa dos produtores de algodão do Oeste Baiano é que a nova safra iniciada em Dezembro ocupe uma área total de 315 mil hectares, após safra com produção recorde de 1,5 milhão de toneladas (caroço e fibra).  A Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa) estima que a produtividade e a produção se mantenham no mesmo patamar, apesar de redução de 5% da área.

Segundo a entidade, o cenário é promissor para quem manteve os investimentos na fibra, principalmente, aqueles produtores que se atentaram à demanda da indústria têxtil do mercado internacional. A Bahia é o segundo maior produtor de algodão do Brasil e deve consolidar uma fase de crescimento gradual, que vem ocorrendo há quatro safras consecutivas, depois de um período de perdas por conta da estiagem.

De acordo com o presidente da Abapa, Júlio Cézar Busato, a perspectiva é de uma produtividade média acima das 300 arrobas por hectare, o que vai garantir que o algodão baiano continue se destacando entre o mercado consumidor, que valoriza a qualidade da fibra do estado, considerada uma das melhores do mundo.

Busato destaca que esse crescimento deve se manter devido ao pacote tecnológico em sementes, adubos e defensivos modernos utilizados na lavoura, principalmente para a prevenção e combate a pragas como o bicudo do algodoeiro.

Apesar da redução do preço da pluma, os produtores se mantêm otimistas para continuarem investindo na cultura do algodão, até mesmo para não perder a estrutura previamente instalada e o espaço já conquistado no mercado. Com 85% do plantio já concluído, os produtores baianos têm até o dia 10 de fevereiro para finalizarem a semeadura da cultura, cuja colheita deverá ser iniciada em junho.