Novas técnicas de imagem em 3D otimizam dados sobre coronavírus
Cientistas espanhóis e americanos terão avanços para entender melhor "proteína spike"
Foto: Reprodução/Ipea
Um novo método de processamento de imagem vai melhorar a reconstrução tridimensional das proteínas dos vírus, incluindo a "proteína spike" do coronavírus responsável pela Covid-19, considerada "a chave" necessária para entrar na célula. Os pesquisadores consideram que este trabalho pode ser usado para aprimorar a construção de modelos atômicos sem informações prévias de macromoléculas de reconstruções 3D obtidas por microscopia eletrônica.
A descoberta dos pesquisadores da Universidade Complutense de Madrid, do Centro Nacional de Biotecnologia do Conselho Superior de Pesquisa Científica (CSIC) e da Universidade do Texas, em Austin (Estados Unidos), foram publicados nesta terça-feira (23) na revista científica Nature.
Os pesquisadores propõem o uso de novos métodos computacionais para processar imagens e melhorar a análise e reconstrução tridimensional de macromoléculas biológicas. A metodologia proposta pelos pesquisadores melhora a visualização das reconstruções em três dimensões obtidas por "microscopia eletrônica", bem como a qualidade dessas imagens.
“Este trabalho nos permite uma compreensão mais ampla das proteínas e outras macromoléculas que sustentam processos essenciais para a vida, fornecendo novas ferramentas para que os biólogos estruturais interpretem de forma cada vez mais confiável”, explica o pesquisador Javier Vargas, do Departamento de Óptico da Universidade Complutense de Madrid.