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Número de registros de armas de fogo no Brasil subiu 120% em 2020, revela levantamento

Estudo também mostra que houve redução no número de apreensões

Por Da Redação
Ás

Número de registros de armas de fogo no Brasil subiu 120% em 2020, revela levantamento

Foto: Reprodução/UFMG

O número de registros de armas de fogo em poder de colecionadores, atiradores e caçadores no Brasil mais do que dobrou em 2020. Na comparação com o ano anterior, houve um aumento de 120% no registro de modelos usados por atiradores esportivos. 

O total de armas registradas no sistema da Polícia Federal, onde são incluídas aquelas compradas por cidadãos comuns, sem registro de colecionador ou prática esportiva, também cresceu: de 2017 para 2019 houve um crescimento de 65,6% nos registros ativos.

Entretanto, as apreensões de armas de fogo tiveram uma queda de 1,9% nas operações da Polícia Rodoviária Federal e de 0,3% nas apreensões feitas pelas polícias estaduais na comparação com 2018. Os dados são do 14º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado neste domingo (18) pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

A mais acentuada ocorreu na região Centro-Oeste, que em 2016 liderava o número de apreensões no país, retirando de circulação 99 armas para cada cem mil habitantes. Em 2019, este número despencou para apenas 32,6 para cem mil habitantes, colocando a região como a que menos retira armas ilegais de circulação em todo o Brasil.

“Como os números demonstram um aumento significativo nos registros de armas ativos, tanto para civis quanto para forças de segurança, e, historicamente observa-se que parte dessas armas migra do mercado legal para o ilegal, infere-se que a diminuição das apreensões é também sinal de redução de interesse neste tipo de operação”, avalia Ivan Marques, membro do fórum e presidente da organização Internacional Control Arms.

Para David Marques, coordenador do Fórum de Segurança Pública, é preciso que a sociedade cobre das forças de segurança mais controle do mercado ilegal de armas. “A gente não pode achar natural que as policias apreendam menos armas num contexto em que temos mais armas em circulação. A gente tem que demandar, para que seja possível haver uma redução de homicídios, que a gente tenha policias nos estados preparadas para lidar com o mercado ilegal de armas, com mais investigação e inteligência”, afirma.

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